O envolvimento dos cidadãos é um dos pilares do Iscte-Health. Assume-se que os cidadãos são eles próprios agentes de promoção da sua saúde, que ocorre no contexto de estruturas e políticas sociais mais amplas facilitadoras dessa mudança. A literacia em saúde assume um papel prioritário, fomentando o empoderamento e a reflexão crítica.

O papel do Iscte-Health tem assim um duplo sentido. Ao contribuir para a promoção  do envolvimento dos cidadãos na sua saúde, dos seus familiares e da sua comunidade está, simultaneamente, a contribuir para o aumento da sua literacia em saúde, requisito fundamental para que se realizem efetivamente melhorias na saúde individual e da comunidade, pela promoção da saúde e prevenção da doença, mas também pela capacidade de melhor lidar com situações de saúde pública.

A comunicação em saúde deve ser vista como uma ferramenta válida para a promoção da saúde pública, podendo contribuir para melhorias na prevenção, motivação para mudanças nos comportamentos e adesão a tratamentos, algo reconhecido pelos próprios profissionais de saúde, que têm desenvolvido, cada vez mais, a perceção da importância e do papel crítico que a comunicação representa na área da saúde.

A intervenção do Iscte Health nesta matéria segue 6 princípios fundamentais. 

• Ênfase na prevenção e promoção da saúde
• Atuação em múltiplos níveis de análise

• Baseada na melhor evidência científica

1. Utilização de vários tipos de métodos
2. Inovação
3. Participação e co-criação

Exemplos de projetos

Intervenção na área da promoção da saúde

• SIforAGE – Social Innovation for Active and Healthy Ageing

https://www.age-platform.eu/publications/project-white-paper%C2%A0%E2%80%9Cmaking-choices-society-all-ages%E2%80%9C

https://www.youtube.com/watch?v=95FPiEh-caM

https://issuu.com/santacasadamisericordiadelisboa/docs/ebook_pt.-_final_27.01-2015._pdf

• Seeyourage – with SCML – projecto intergenerational de mindfulness para combate ao idadismo em pessoas idosas e crianças

https://www.youtube.com/watch?v=xEgtANi5n9o

• Tecconhecimento: envolvimento das pessoas idosas com tecnologias – projecto em parceria com a SCML https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/15304

• QUASER: importância da qualidade das unidades de saúde na recuperação e satisfação dos pacientes (https://cordis.europa.eu/project/id/248303)

• HEALTHDOX- NORFACE: estudos sobre as consequências da desumanização nos serviços de saúde na análise das políticas públicas de saúde (https://www.norface.net/project/healthdox/)

• INHERIT H2020: sobre desigualdades e saúde, os fatores sociais e econômicos que afetam a saúde e o bem-estar (https://inherit.eu/project/)

• MYWeB FP7: sobre o bem-estar dos jovens (https://fp7-myweb.eu/)

• SOS PAIN: projeto que explora como a classe social pode influenciar a avaliação e o tratamento da dor (mais detalhes sobre o estudo podem ser obtidos da investigadora Sónia Bernardes). (https://www.iscte-iul.pt/noticias/1701/classe-social-tem-influencia-na-avaliacao-tratamento-dor)

Intervenção e Investigação na área da Literacia em Saúde

• Biblioteca de Literacia em Saúde:  A Biblioteca de Literacia em Saúde tem o objetivo de promover o acesso à informação sobre saúde, tornando as pessoas mais autónomas em relação à sua saúde e à saúde dos que as rodeiam; iniciativa do Ministérios da Saúde (https://biblioteca.sns.gov.pt/)
•  O projeto Literacia em Saúde em Portugal foi uma iniciativa do Programa Inovar em Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian. O inquérito sobre Literacia em Saúde realizado em Portugal (ILS-PT) foi desenvolvido e aplicado por uma equipa do CIES-IUL (ISCTEIUL) e teve como principal objetivo conhecer os níveis de literacia em saúde em Portugal, identificar as principais limitações, problemas e entraves neste campo na sociedade portuguesa, e, claro, orientar ações no sentido da sua melhoria. (https://content.gulbenkian.pt/wp-content/uploads/2017/08/29203225/PGISVersCurtaFCB_FINAL2016.pdf)
• Projeto Literacia em Saúde e Coesão Social em Populações Migrantes: Prevenção de Doenças Não Transmissíveis. Da iniciativa de uma equipa de investigação da ENSP-NOVA visa, através de abordagens inovadoras, dar resposta a um importante desafio de Saúde Pública, como são as necessidades prioritárias de saúde de populações em maior desvantagem social e marginalizadas. (https://www.ensp.unl.pt/apresentacao-do-projeto-literacia-em-saude-e-coesao-social-em-populacoes-migrantes-prevencao-de-doencas-nao-transmissiveis/)

Intervenção Capacitação Digital e cocriação - Iniciativa Patients-Up

A ideia original começou na necessidade de formação/capacitação do cidadão com doença/doentes crónicos em relação ao uso do digital, numa era que cada vez mais o “Digital Health e Digital Therapeutics” estão a crescer. Também no sentido de o ISCTE-HEALTH em matéria de cursos poder desenvolver algo voltado para cidadão, e com isso trazer ao ISCTE os destinatários últimos e primeiros de uma melhor saúde societal.

Evoluímos o conceito para algo que não é tanto um curso apenas, mas também uma iniciativa de empowerment, mas também de reconhecimento de valências (expert patients) e vivências como algo que as pessoas com doenças podem aportar à gestão da saúde, e às soluções de Saúde Digital/Digital Health em si mesmas. Juntando doentes e start-ups, recorrendo também à ideia de valorização do doente, dai o nome: Patients-Up.