Teses e dissertações

Mestrado
Serviço Social
Título

Sobreviventes de cancro pediátrico: aspectos psicossociais na intervenção do assistente social

Autor
Paiva, Maria Manuela
Resumo
pt
Ao longo das últimas décadas temos assistido a grandes progressos na área da medicina, que contribuíram para a compreensão da etiologia e tratamento do cancro contribuindo para o aumento de sobreviventes de cancro pediátrico. Este deixou de ser considerado uma doença fatal, passando a enquadrar-se no grupo das doenças crónicas, sendo a sobrevivência entendida como um período que não é isento de situações potencialmente complexas, e que é determinado pela forma como o doente e a sua família se adaptaram à situação de sobrevivência. O objectivo geral desta pesquisa consistiu em conhecer segundo uma abordagem metodológica de estudos de caso, a vivência subjectiva dos sobreviventes de cancro pediátrico no seu processo de doença e reinserção social. Foram identificadas as percepções dos sujeitos sobre o quotidiano, no hospital aquando da sua doença, na família, na vida social, e na relação com o meio exterior. Para concretizar este estudo, optou-se pelo método qualitativo. Participaram oito sobreviventes de cancro pediátrico, entre os 23 e os 53 anos. Foi efectuada uma entrevista, semiestruturada constituída por 3 dimensões baseada nos objectivos. Em relação aos resultados salienta-se que os sobreviventes convivem relativamente bem com a sobrevivência, embora as memórias sobre o diagnóstico e os tratamentos estejam muito presentes, isso é revelado com muita mágoa e alguma revolta; as implicações da doença nas várias dimensões da vida pessoal e familiar ao longo de todo o processo; preocupação com a integração escolar e social; ocultação da doença e revolta relativamente à representação social do cancro; o conceito e as crenças relativamente à cura e à sobrevivência; revelaram a importância do seu testemunho para a desmistificação do cancro pediátrico.
en
Over the past few decades we have witnessed big advancements in the field of medicine which have contributed to the understanding of the etiology and treatment of cancer leading to the increase in the number of survivors of paediatric cancer. This is no longer considered a fatal disease and is now included among the chronic diseases. Survival is seen as a period which is not exempt from potentially complex situations and which is determined by the way the patient and his or her family adapted themselves to the condition of survival. The overall objective of this research consists in knowing, using the methodological approach of the study case, the subjective experience of the survivors of paediatric cancer in their process of disease and social reinsertion. The subjects’ perceptions about everyday life were identified, at the hospital while they were ill, within the family, in social life and in their relationship with the outside world. To carry out this project we adopted the qualitative method. Eight survivors of paediatric cancer between 23 and 53 years of age took part in this research. We made a semi-structured interview formed by 3 dimensions based on the objectives. As concerns the results we emphasize the fact that the survivors cope with survival relatively well, although their memories of the diagnosis and the treatment are still very present. That is revealed with much sorrow and some anger; the implications of the disease on the various dimensions of personal and family life over the whole process; concern about school and social integration; hiding the disease and anger at the social representation of cancer; the concept and the beliefs about the cure and survival; they showed the importance of their testimony to the demystification of paediatric cancer.

Data

05-jun-2014

Palavras-chave

Serviço social
Cancro pediátrico
Sobreviventes de cancro pediátrico
Intervenção social
Paediatric cancer
Survivors of paediatric cancer
Social intervention
Social work

Acesso

Acesso restrito. Solicitar cópia ao autor.

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