A poluição derivada do plástico tem demonstrado impactos muito negativos no ambiente. A presente investigação tem como objetivo avaliar alguns preditores que atuem de forma positiva na redução de comportamentos de consumo de plástico. Através de um estudo quantitativo, com uma amostra de 148 participantes de nacionalidade portuguesa residentes em zonas costeiras, nomeadamente, nos Concelhos de Cascais-Oeiras e Sintra, pretendeu-se avaliar a relação entre os valores biosféricos e os comportamentos de consumo de plástico. Além disso, foram testadas duas mediações, da identidade ambiental e da vinculação ao lugar, na relação entre valores biosféricos e comportamentos de consumo de plástico. Os resultados indicaram um efeito significativo na primeira mediação, tal não aconteceu para a segunda mediação testada. Assim, foi possível concluir que um individuo que apresente valores biosféricos elevados, isso contribuirá para uma identidade ambiental elevada, e consequentemente apresentará uma redução nos comportamentos de consumo de plástico. O presente estudo tem implicações para o desenvolvimento da literatura na medida em que poucos são os estudos realizados sobre comportamentos de consumo de plástico, e especificamente com a população portuguesa. No entanto, a variância explicada do modelo, neste estudo, é baixa, o que nos leva a concluir que seria importante estudar outros possíveis preditores para a redução de comportamentos de consumo de plástico. Também apresenta implicações praticas no sentido que com este estudo podemos sensibilizar a população no contacto com a natureza e na importância de valores orientados para sua proteção, o que se refletirá em menos comportamentos de uso do plástico.

Plastic pollution has been shown to negatively impact on the environment. This research aims to identify predictors that act positively in reducing plastic consumption behaviours. Through a quantitative study, with a sample of 148 Portuguese participants living in coastal areas, namely in the municipalities of Cascais-Oeiras and Sintra, we intended to assess the relationship between biospheric values and plastic consumption behaviours. Furthermore, two mediations were tested, of environmental identity and of place attachment, on the relationship between biospheric values and plastic consumption behaviours. The results indicated a significant effect on the first mediation, but not on the second mediation tested. Thus, it was possible to conclude that if an individual has high biospheric values, this will contribute to a higher environmental identity, and consequently, this will contribute to a reduction in plastic consumption behaviours. This study has implications for the literature as few studies conducted on plastic consumption behaviours, specifically with the Portuguese population. However, the explained variance of the model, in this study, is low, which leads us to conclude that it would be important to study other possible predictors for the reduction of plastic consumption behaviours. It also has practical implications, namely, this study suggests awareness should be raised among the population about contact with nature and about values oriented to its protection, as this may result on less plastic consumption behaviours.