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Institucional • 22 set 2025
Iscte propõe programas de recuperação para estudantes que falharam o acesso ao Ensino Superior

A Reitora do Iscte, Maria de Lurdes Rodrigues, e o Vice-Reitor, Jorge Costa, propõem a criação de um programa de recuperação de aprendizagens, acessível em todo o país, para estudantes que não conseguiram concluir o Ensino Eecundário ou que não tenham obtido nota nos exames para se poderem candidatar ao Ensino Superior. Os reitores do Iscte enviaram esta proposta ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e a líderes partidários.

Maria de Lurdes Rodrigues e Jorge Costa defendem o lançamento de um programa de recuperação e melhoria das aprendizagens dos estudantes do Ensino Secundário, envolvendo as escolas secundárias e as instituições de Ensino Superior, mobilizando docentes e estudantes, com o objetivo de “não deixar para trás” milhares de jovens. “É importante conhecer o número de candidatos e de colocados no Ensino Superior, mas mais importante e problemático é conhecer o que acontece aos ‘não candidatos’ e aos ‘não colocados’”, escrevem Maria de Lurdes Rodrigues e Jorge Costa. “É nesses números que o futuro do país se encontra comprometido”.

Para além das escolas em que os jovens estudaram, os autores do documento "Exames nacionais, conclusão do secundário e acesso ao superior – A propósito do CNA de 2025, reflexões e propostas defendem que as Universidades e os Politécnicos das respetivas reuniões se deverão empenhar igualmente na correção e na compensação de défices de aprendizagens que alguns jovens transportam desde o Ensino Básico e que a passagem pelo Secundário não conseguiu corrigir. “As instituições de Ensino Superior têm todo o interesse em recuperar estudantes para o sucesso académico, uma vez que muitas delas ficaram com um número substancial de vagas por ocupar neste ano letivo”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues. “O trabalho direto com os estudantes pode ser uma forma eficaz de os atrair para a sua oferta curricular no próximo ano”.

Uma das propostas é que as duas hipóteses de realização do exame da mesma disciplina (1.ª e 2.ª chamada) possam ser mobilizadas para a primeira fase de acesso ao Ensino Superior. Atualmente, a chamada de recurso (2.ª chamada) apenas conta para a segunda fase de acesso.

Os docentes propõem também instituir o controlo da qualidade e comparabilidade dos exames entre anos, criando mecanismos semelhantes aos dos testes internacionais PISA e Teams para atenuar alterações de notas que não podem ser imputadas exclusivamente à qualidade dasaprendizagens. “O mecanismo de normalização das curvas de distribuição dos resultados dos exames, como praticado em alguns países e em todos os testes internacionais como o PISA e o Teams, permitiria mitigar oscilações não associadas às aprendizagens e exercer um maior controlo sobre a qualidade dos exames, sem prejudicar as classificações e a posição relativas dos alunos nas curvas de distribuição”, escrevem.

Outra das propostas não envolve interação com os alunos, mas tão só “antecipar oconhecimento da informação sobre as reprovações/conclusões do Ensino Secundário”. Atualmente, já é conhecido o resultado em 2025 dos exames e das colocações no Ensino Superior, mas não se sabe ainda o número de conclusões no Ensino Secundário. “Não se pode esperar um ano para conhecer o impacto dos exames na conclusão do secundário, para a tomada de decisões elançamento de medidas de recuperação dos alunos reprovados”, afirmam Maria de Lurdes Rodrigues e Jorge Costa.

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