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Iscte • 28 nov 2016
ISCTE-IUL recebe dezena e meia de refugiados em Programa de Integração no Ensino Superior

Neste primeiro grupo, a maioria dos participantes são refugiados da Síria, mas outras nacionalidades também estão representadas. Este programa resulta de um protocolo agora assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa, o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e o CRIA-Centro em Rede de Investigação em Antropologia.

Para o reitor do ISCTE-IUL, Luís Reto, “esta é mais uma oportunidade para o ISCTE-IUL alargar a prática de envolvimento com a sociedade ao nível da formação superior e da cidadania”. Recorde-se que a instituição regista já uma experiência muito positiva no quadro do consórcio académico da Plataforma Global de Assistência Académica de emergência a Estudantes Sírios lançada pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio.

A Câmara Municipal de Lisboa é parceira do Estado Português para a recolocação de refugiados e foi representada na assinatura do protocolo pelo vereador dos Direitos Sociais, para quem “a melhor forma de iniciar o processo de integração é o ensino da língua”. João Carlos Afonso afirma que “uma parte essencial da decisão política é o conhecimento e só se pode fazer em articulação com a Universidade”.

A colaboração entre o ISCTE-IUL e a CML será concretizada através do CRIA, um centro de investigação em Antropologia cuja presidente da direção considera esta projeto “uma forma de, para além de divulgar o conhecimento produzido no CRIA, construir uma plataforma de articulação com a comunidade através do trabalho de investigação em Antropologia”. Antónia Pedroso de Lima explica que “é uma oportunidade para se construir uma solução articulada e mais eficaz para o reconhecimento das capacidades e dos conhecimentos dos refugiados”.

A parceria agora firmada inclui, entre outras, as seguintes atividades:

  • Reconhecimento de competências para estudantes refugiados que não possuem documentos;
  • Reconhecimento de equivalências para estudantes documentados;
  • Formação prévia em língua portuguesa através das unidades universitárias que oferecem cursos de língua para integração de estudantes estrangeiros;
  • Inserção na sociedade através de cursos e workshops breves em temas relevantes (diversidade cultural, direitos humanos e cívicos, igualdade de género, religião);
  • Inserção no meio académico internacional e multicultural de que o ISCTE-IUL é um exemplo, através de uma transição efetiva da situação de estudante refugiado para o estatuto de estudante internacional;
  • Inserção no sistema de apoio social genérico a estudantes do Ensino Superior (Serviços de Ação Social – SAS).
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