Título
Complexidade e processos corporativos: Caos, auto-organização, emergência e vieses sistêmicos
Autor
Filho, Ladislau Batista de Oliveira
Resumo
pt
O trabalho busca explicar fenômenos observados em organizações sociais
complexas tendo como referência a estrutura conceitual da ciência e das teorias da
complexidade. Isto significa analisar e interpretar fenômenos organizacionais
amplamente observados, como vieses gerenciais ou eficiência operacional, dentre
muitos outros, sob a ótica de conceitos tais como caos determinístico, auto-semelhança,
emergência, auto-organização, realimentação, criticalidade, bifurcação e memória
sistêmica. As dinâmicas caóticas presentes nos sistemas complexos podem transformar
as relações de causa e efeito em algo obscuro, dificultando o entendimento dos
fenômenos que os permeiam. Diante disso, busca-se produzir uma conexão entre os
diversos níveis subjacentes que forneceram ao longo do tempo suporte para o
surgimento e reprodução das organizações sociais - desde a dissociação entre a
realidade quântica e o mundo macroscópico até a formação das organizações sociais
humanas - utilizando-se os conhecimentos científicos formais bem como analogias e
metáforas entre os domínios social e natural como alavancas exploratórias. Verifica-se
nesse processo os padrões comuns de desenvolvimento de cada nível, exploram-se
questões como a aparente onipresença da iteração e conseqüentemente da autosemelhança,
além de outros mecanismos que permitem que novos padrões emirjam da
complexidade e outros desapareçam ou sejam incorporados dentro de uma mais ampla
estrutura. Objetiva-se verificar como os sistemas complexos adaptativos ao mesmo
tempo em que se diferenciam ao agregar novas camadas de informação também mantêm
regularidades comuns nos seus níveis de agregação, e como isso pode ser de interesse
para a ciência da administração. As constatações e hipóteses são utilizadas para a
descrição de um processo corporativo complexo, a guisa de validação dos referenciais
abordados.
en
This job searches to explain the phenomena observed in complex social
organizations against the backdrop of the conceptual structure of science and theories of
complexity. This means to analyze an interpret widely observed organizational
phenomena, managerial or bias as operational efficiency, among many others, from the
perspective of concepts such as deterministic chaos, self-similarity, emergency, selforganization,
feedback, criticality, fork and systemic memory. The chaotic dynamics
presented in complex systems can transform the relationships of cause and effect into
something obscure, hindering the understanding of the phenomena that permeate them.
Before that, it is looked for to produce a connection among the several underlying levels
that supplied along the time supports for the appearance and reproduction of the social
organizations - from the dissociation among the quantum reality and the macroscopic
world until the formation of the human social organizations - being used the formal
scientific knowledge as well as analogies and metaphors among the social and natural
domains as exploratory levers. It appears that the process of developing common
standards for each level, to explore issues such as the apparent omnipresence of
repetition an therefore of self-similarity, the mechanisms that allow new patterns of
complexity to emerge and others disappear or are incorporated in to a wider structure.
The objective is to verify how the adaptive complex systems at the same time that are
differentiated by adding new layers of information also maintain common regularities in
all levels of aggregation, and how this may be of interest to the science of
administration. The findings and assumptions are used to describe a process of
corporate complex, the way of validating the benchmarks addressed.