A presente dissertação teve como objetivo explorar o papel da exaustão emocional (EE) na relação entre a liderança destrutiva (LD) e a intenção de saída (IS) dos colaboradores. Esta investigação surge da escassez de estudos que investiguem esta mediação, especialmente em contexto português. Com base nas teorias Job Demands–Resources (JD-R) e da Conservação de Recursos (TCR), foi proposto um modelo de mediação simples, em que a LD atua como variável preditora, a EE como mediadora e a IS como variável critério. A metodologia adotada foi quantitativa, com recurso a um questionário online, tendo-se obtido uma amostra final de 197 participantes empregados em Portugal. Para avaliar as variáveis em estudo, utilizaram-se a escala de LD, a subescala de EE do Maslach Burnout Inventory, e a Turnover Intention Scale (TIS-6). Os resultados confirmaram que a LD se associa positivamente à EE, e que esta, por sua vez, se relaciona positivamente com a IS. Não se verificou uma associação direta significativa entre LD e IS, tendo-se confirmado que a EE medeia totalmente esta relação. Estes resultados destacam a importância de reconhecer a liderança destrutiva e os seus efeitos, mesmo quando subtilmente percecionada pelos colaboradores, e de promover práticas organizacionais que previnam o desgaste emocional. A adoção de medidas neste sentido poderá contribuir para a retenção de talento, o bem-estar dos trabalhadores e a redução da intenção de saída, favorecendo a eficácia e sustentabilidade das organizações. São ainda discutidas implicações práticas e teóricas, bem como limitações do estudo e sugestões para investigações futuras.

This dissertation aimed to explore the role of emotional exhaustion (EE) in the relationship between destructive leadership (DL) and employees’ turnover intention (TI). The study addresses the scarcity of research examining this mediation, particularly within the Portuguese context. Grounded in the Job Demands–Resources (JD-R) and Conservation of Resources (COR) theoretical frameworks, a simple mediation model was proposed, in which DL functions as the predictor variable, EE as the mediator, and TI as the outcome variable. A quantitative methodology was adopted, using an online questionnaire to collect data from a final sample of 197 employees working in Portugal. The constructs under study were assessed using a DL scale, the EE subscale of the Maslach Burnout Inventory, and the Turnover Intention Scale (TIS-6). Results confirmed that DL is positively associated with EE, which in turn is positively associated with TI. No significant direct association was found between DL and TI, indicating that EE fully mediates this relationship. These findings highlight the importance of acknowledging the effects of destructive leadership, even when subtly perceived by employees, and of promoting organizational practices that prevent emotional strain. Implementing such measures may support employee retention, enhance well-being, and reduce turnover intention, thereby contributing to organizational effectiveness and sustainability. Theoretical and practical implications are discussed, along with the study’s limitations and directions for future research.