Título
Navigating emotions: Exploring the relationship between cultural adaptation, emotion regulation and well-being among migrants in the Portuguese cultural context
Autor
Foligné, Lena Edwige Cassandre
Resumo
pt
O presente estudo investigou a relação entre as emoções decorrentes da experiência migratória, as
estratégias de regulação emocional, a adaptação cultural e a qualidade de vida subjetiva entre
imigrantes de primeira geração em Portugal. No total, 82 participantes completaram o
questionário, e a maioria dos resultados esteve alinhada com quase todas as hipóteses propostas.
Os resultados revelaram que a maioria dos participantes relatou ter emoções mais positivas da
experiência migratória, o que se correlaciona com uma melhor qualidade de vida psicológica e
satisfação com o ambiente. Em contrapartida, as emoções negativas parecem afetar negativamente
o bem-estar geral. No que diz respeito às estratégias de regulação emocional, o uso da reavaliação
cognitiva relacionou-se com as dimensões física e psicológica da qualidade de vida. Ao contrário
do esperado, a supressão emocional não se mostrou significativamente relacionada com a
qualidade de vida. Os resultados também revelaram que uma adaptação cultural bem-sucedida
parece ser um fator importante que contribui para a melhoria da qualidade de vida dos migrantes.
Além disso, os participantes que relataram um forte desejo de manter sua cultura de origem
também relataram mais emoções negativas. Contudo, os migrantes que equilibram a assimilação
da cultura de acolhimento com a manutenção da sua cultura de origem apresentam melhor bemestar
psicológico. Assim, programas de intervenção podem ser úteis para ajudar os migrantes a
superar barreiras culturais, como o idioma, para facilitar a sua adaptação à integração social.
en
The present study investigated the relationship between emotions due to migration experience,
emotion regulation strategies, cultural adaptation, and subjective quality of life among firstgeneration
migrants in Portugal. In total, 82 participants completed the questionnaire and most of
the results aligned with almost all the proposed hypotheses. Findings revealed that a majority of
the participants reported having more positive emotions from the migration experience, correlating
with a better psychological quality of life and satisfaction with the living environment. Conversely,
negative emotions seem to negatively affect general well-being. Regarding emotion regulation
strategies, cognitive reappraisal was positively related to physical and psychological dimensions
of quality of life. Contrary to the expectations, emotion suppression was not significantly related
to quality of life. The findings also revealed that a successful cultural adaptation appears to be an
important factor contributing to improving migrants' quality of life. Moreover, participants who
reported a strong desire to maintain their culture of origin also reported more negative emotions.
However, those migrants who seem to balance between assimilation with the host culture and
maintenance of their culture of origin are found to have better psychological well-being. Therefore,
interventional programs may be useful to help migrants overcome cultural barriers, such as
language, to make their adaptation to social integration easier.