Título
Can the endogenous nature of financial capitalism explain the recent dynamics for inequality?: a brief study on top-income households
Autor
Cruz, Fábio Alexandre Fojo
Resumo
pt
A desigualdade económica e o crescimento assimétrico do rendimento têm sido um
campo de batalha feroz para teorias antagónicas. No contexto de um cenário pós-crise,
como o que vivemos hoje, importa acima de tudo, um esclarecimento se as mudanças
recentes no capitalismo moderno são responsáveis por aumentar a diferença entre ricos e
pobres. Tendo em vista este objetivo, num estudo empírico foi conduzida a modelização da
evolução da desigualdade através do rendimento dos agregados familiares superiores: top
um por cento (TOP1) e top dez por cento (TOP10).
As conclusões obtidas apontam para uma dinâmica comportamental diferente entre
os rendimentos do TOP1 e do TOP10: economias caracterizadas por uma menor
dependência do comércio global, maior percentagem da população rural e disparidades
educacionais assim como maior aversão ao consumo tendem a gerar maiores retornos para o
TOP1 exclusivamente. Acompanhando esta realidade, verificam-se também dois fenómenos
curiosos: primeiramente, a tendência para a ampliação da riqueza dos ultra ricos em
situações de desemprego e menor esperança média de vida e, em segundo lugar, a não
dependência do rendimento do TOP1 face à evolução contemporânea de PIB que induz a
ideia de um "escudo protetor" para as elites nacionais aquando de situações económicas
adversas.
en
Economic inequality and asymmetric income growth has long been a fierce
battleground for opposite theoretical beliefs. In a context of a post-crisis scenario, as the one
we live today, it matters above all a clear assessment whether the changes in modern
capitalism into a financial-led type, is responsible for widening the gap among the richest
and the poorest. Setting this goal in mind, an empirical study was conducted for forty-one
countries during thirty-six years accessing the inequality via the income held by top ladder
households: Top One Percent (TOP1) and Top Ten Percent (TOP10).
The conclusions redrawn point for dissimilar behavioral dynamics between the
incomes held by TOP1 and TOP10. Economies characterized by less reliance on global
trade, higher percent of rural population, acuter educational disparities and more
consumption aversion tend to generate higher returns for the TOP1 solely. Accompanying
this set-up it is also noticeable two curious phenomena: firstly, the tendency of enlargement
of the "ultra rich" wealth in situations oh high unemployment and lower life expectancy and
secondly the non dependence of TOP1 income from the contemporaneous evolution of
GDP which induces the idea of a "protective shield" in adverse economic situations for the
national elites.