O contexto internacional é um ambiente dinâmico cuja complexidade dificulta às empresas garantir o desempenho actual sem perturbar o futuro. Este estudo introduziu as capacidades dinâmicas como forma viável de balancear os desempenhos actual e futuro. Além de incluir um domínio importante às capacidades dinâmicas (mercado); e considerar o contexto relevante mas pouco estudado da exportação, o estudo tem três contribuições: (1) estende trabalho prévio, estudando o impacto da orientação para o mercado exportador nas capacidades dinâmicas de desenvolvimento do produto e de mercado; (2) é pioneiro a desenlear os efeitos destas capacidades nos desempenhos actual e futuro, e (3) testa coordenação interfuncional e turbulência ambiental como moderadoras da ligação capacidades dinâmicas–desempenho. Aplicou-se um questionário online a fabricantes exportadores Portugueses. Os resultados sugerem que as dimensões da orientação para o mercado exportador – cliente e concorrência – não se relacionam igualmente com as capacidades dinâmicas. A orientação para o cliente antecede as exploitativas e as explorativas, enquanto a orientação para o concorrente apenas promove as exploitativas. Os efeitos das capacidades dinâmicas no desempenho actual e futuro são distintos. As exploitativas relacionam-se positivamente com o desempenho actual. As explorativas de desenvolvimento do produto relacionam-se positivamente com o desempenho actual e as de mercado de forma oposta. As exploitativas de mercado e as explorativas de desenvolvimento do produto relacionam-se positivamente com o desempenho futuro. Quanto aos moderadores, confirmase a moderação da coordenação interfuncional na ligação capacidades explorativas– desempenho. As dimensões da turbulência ambiental – tecnologia e mercado – moderam de forma oposta a ligação capacidades dinâmicas–desempenho.

The international context is a dynamic, complex environment in which it is hard for firms to secure current performance without hindering future performance. This study developed specific dynamic capabilities as a feasible way to balance current and future export performance. Besides including an important domain to dynamic capabilities (market) and considering the relevant but understudied context of exporting, the study’s contribution is threefold: (1) it extends previous work and studies the impact of export market orientation on product development and market-related dynamic capabilities, (2) it is the first to disentangle the effects of dynamic capabilities on current and future performance, and (3) it tests interfunctional coordination and environmental turbulence as moderators of the dynamic capabilities–performance link. An online survey was administered to Portuguese export manufacturers. The findings suggest that export market orientation dimensions – customer and competitor – are not similarly related to dynamic capabilities. Export customer orientation is an antecedent of both exploitative and explorative capabilities, whereas export competitor orientation promotes only exploitative capabilities. The effects of dynamic capabilities on current and future performance are distinct. Exploitative capabilities are positively related to current performance. Product development explorative capabilities are positively related to current performance, whereas market-related explorative capabilities have the opposite effect. Market-related exploitative capabilities and product development explorative capabilities relate positively to future performance. With respect to moderating effects, findings confirm the role of interfunctional coordination as moderator of the explorative capabilities– performance link. Environmental turbulence dimensions – technological and market – moderate the dynamic capabilities–performance link, but do so divergently.