Este estudo teve por objectivo geral conhecer o contexto policial ao nível do Burnout, Stress, ansiedade e depressão, nomeadamente identificar se existem diferenças ao nível da saúde psicológica dos Agentes entre a fase da formação e um ano após iniciarem funções operacionais enquanto Agentes no exercício da função. Neste estudo participaram 828 Agentes da PSP, a prestarem serviço no Comando Metropolitano de Lisboa. As variáveis em estudo foram operacionalizadas utilizando instrumentos já validados: MBI; DASS; 23QVS;JSS. Pretendeu-se averiguar se há diferenças na ansiedade, stress, depressão e burnout do tempo 1 para o tempo 2; averigurar o papel preditor da ansiedade, stress e depressão na explicação do burnout (intra e inter tempos); e averiguar o papel de possíveis moderadores (suporte organizacional, pressão no trabalho, vulnerabilidade ao stress, vida em perigo, exposição a risco). Entre os vários resultados obtidos verificou-se que existe um aumento do stress, depressão, exaustão e despersonalização do tempo 1 para o tempo 2; a ansiedade, depressão e stress só são preditores do burnout dentro do mesmo tempo; a existência de um efeito moderador da vulnerabilidade ao stress na relação entre ansiedade, stress, depressão o burnout. No final do presente estudo são apresentadas várias implicações do mesmo quer para a investigação futura quer para a prática.

This study main goal was to know the police occupational context in terms of Burnout, stress, anxiety and depression levels, namely the existence of differences in the psychological health of police agents between the training phase and one year after beginning operational functions. 828 PSP Agents, allocated at Comando Metropolitano de Lisboa, participated in our study. The variables in study were operationalized through the following measurement previously validated instruments: MBI, D.A.S.S., 23 QVS e o JSS. The objectives were to verify if there were differences in anxiety, stress, depression and Burnout from phase 1 (one) to phase two (2); the predictors role of anxiety, stress and depression on Burnout’s variability (between and within-times); and the possible moderator roles of organizational support, pressure at work, stress vulnerability, endangered life and exposure to risk. Among the several obtained, the results show an increase of the stress, depression, exhaustion and depersonalization levels from phase 1 (one) to phase two (2) within the same time; anxiety, depression and stress only predicted Burnout within the same time; and the existence of a moderator effect of stress vulnerability in the relationship between anxiety, stress and depression on Burnout. To finalize the present study, various theoretical and practical implications of it are presented.