A literatura da expatriação evidencia um relativo desconhecimento quanto a situações em que os expatriados exercem funções em local isolado, sem suporte familiar e com condições sociais limitativas. O presente estudo procura compreender as opções comportamentais quanto à ocupação do tempo de ócio, cujo elemento de isolamento social, não determina a priori que seja tempo de lazer; a forma como o equilíbrio trabalho-vida pessoal opera e o bem-estar subjetivo de indivíduos a trabalhar nestas circunstâncias. Para o efeito, realizou-se um estudo de caso, que ancora em 21 entrevistas a expatriados em local isolado, complementadas por 6 entrevistas realizadas a interlocutores privilegiados. Os resultados evidenciam estratégias múltiplas que são adotadas de forma espontânea pelos expatriados e que se suportam nos recursos sociais providos pela organização, assim mostrando que o equilíbrio trabalho-vida pessoal e o bem-estar subjetivo são possíveis neste contexto de exceção.

Literature on expatriation shows a relative lack of knowledge about situations where expatriates work in isolated places, without family support, and in limitative social conditions. This study is set to understand the behavioral options as regards free time activities, which under social isolation is not, per se, leisure time; the way how work-life balance operates, as well as the expatriates subjective well-being under these circumstances. In order to achieve this we have conducted a case study that departs from 21 interviews to expatriates working in isolated place, complemented by 6 interviews to expatriation management specialists. Findings show multiple strategies, adopted spontaneously by expatriates supporting on social resources provided by the organization, thus showing that work-life balance and subjective well-being are achievable in this exceptional context.