As empresas confrontam-se, desde há mais de um século com o problema da distinção entre a propriedade e a gestão, sendo este paradoxo uma fonte de ineficiência para alguns, mas para outros, uma situação inevitável, pelo menos nas pequenas unidades familiares. É o problema do nepotismo empresarial que é tratado neste trabalho e que privilegiou uma região de forte cariz familiarista (Viseu). O estudo feito, com carácter pioneiro em Portugal permite concluir que o nepotismo não é uma regra estabelecida como a maioria dos autores tenderia em prever. O estudo abre pistas para uma abordagem mais extensiva e cuidada que pudesse concluir, de forma mais consistente, sobre a relação entre a cultura familiarista e o nepotismo na vida das Pequenas e Médias Empresas portuguesas.

For over a century companies have struggled with distinguishing between ownership and management, a paradox which has been a source of inefficiency for some, while at the same time inevitable for others, especially in small family units. This paper aims to deal with the problem of nepotism in businesses, especially focussing on the Viseu region, an area where family ties are particularly strong. A pioneering study carried out in Portugal leads us to the conclusion that nepotism is not the established norm as many authors would predict. This study opens the way for a more extensive and more careful examination, which would be more conclusive about the relationship between a culture based on family ties and nepotism in Portuguese small and medium enterprises.