Título
Resilience of adolescents in residential care: From risk to protection
Autor
Pinheiro, Micaela Sofia da Silva
Resumo
pt
Os jovens em acolhimento residencial constituem um grupo vulnerável, com dificuldades
psicológicas e comportamentais devido a experiências potencialmente traumáticas. A
investigação sobre esta população tem-se centrado fundamentalmente nos fatores que
explicam as dificuldades de saúde mental, mais do que nas trajetórias de resiliência. Esta
dissertação teve como objetivo identificar os fatores de proteção associados à saúde
psicológica dos adolescentes em acolhimento residencial, ancorada no Modelo de Portfólio
de Resiliência. Foram implementados cinco estudos: (1) uma revisão sistemática dos fatores
de proteção para a saúde psicológica dos adolescentes em acolhimento residencial, (2) uma
meta-análise com o objetivo de identificar os fatores de proteção que produzem maior
tamanho de efeito na saúde psicológica dos adolescentes, (3) um estudo qualitativo com
adolescentes, e (4) um estudo qualitativo com profissionais em acolhimento residencial,
ambos centrados nas suas perspetivas sobre o conceito de resiliência e os fatores de proteção
associados à saúde psicológica, e (5) um estudo quantitativo, baseado numa perspetiva multiinformante
(i.e., adolescentes e profissionais) e diferentes medidas (i.e., auto-relato e tarefas)
para identificar fatores protetores da saúde mental. No geral, os resultados destes estudos
sugerem que a autorregulação, as estratégias de coping e o suporte dos profissionais e da
família estão positivamente associados à saúde psicológica dos adolescentes em acolhimento
residencial, e que a saúde psicológica é mais do que a ausência de sintomas. Estes estudos
realçam a importância das variáveis individuais e contextuais para a resiliência em
acolhimento residencial, o que pode informar a prática, a investigação e as políticas neste
contexto.
en
Young people in residential care are a vulnerable group with significant psychological and
behavioral difficulties because of their past traumatic experiences. As such, research on this
population has focused on the factors that explain mental health difficulties, overlooking
resilience trajectories. This dissertation aimed to identify the protective factors associated
with the psychological health of adolescents in residential care anchored in the Resilience
Portfolio Model. Five studies were implemented, including (1) a systematic review of the
protective factors for psychological health of adolescents in residential care, (2) a metaanalysis
of the protective factors that produce the largest effect size in adolescents’
psychological health, (3) a qualitative study with adolescents, and (4) a qualitative study
with care workers, both focused on their perspectives about the resilience concept and
protective factors associated with psychological health, and (5) a quantitative study, based
on multi-informants (i.e., adolescents and professionals) and different measures (i.e., selfreport
and tasks) to identify protective factors of mental health. Overall, the findings of these
studies suggest that self-regulation, coping strategies, and staff and family support are
positively associated with adolescents’ psychological health in residential care and that
psychological health is more than the absence of symptoms. These studies highlight the
importance of both individual and contextual variables in the resilience in residential care,
which may inform practice, research, and policy in this field.