Este estudo tem como objetivo analisar o impacto das práticas de recursos humanos (RH) de controlo e da intensificação laboral no desenvolvimento das perceções de exploração laboral e burnout (auto e heteropercebido). A metodologia adotada é quantitativa, e os dados recolhidos através da aplicação de inquéritos, numa estratégia de “bola de neve”, a uma amostra de 160 trabalhadores de diversos setores. Adicionalmente, foram feitos inquéritos aos “outros significativos” de forma a se analisar a perceção das pessoas próximas dos respondentes. Os resultados indicaram que tanto as políticas de controlo de RH como a intensificação do trabalho estão significativamente associadas à exploração laboral percebida. Além disso, a exploração percebida revelou-se um fator mediador entre as práticas de RH de controlo e o burnout autopercebido, mas não mostrou o mesmo efeito no burnout heteropercebido.

This study aims to analyze the impact of control-focused human resource (HR) practices and work intensification on the development of perceived exploitation and burnout (self-perceived and perceived by others). The methodology adopted is quantitative, with data collected through surveys, using a "snowball" sampling strategy, from a sample of 160 workers from various sectors. Additionally, surveys were conducted with "significant others" to analyze the perceptions of people close to the respondents. The results indicated that both control-focused HR policies and work intensification are significantly associated with perceived labor exploitation. Furthermore, perceived exploitation emerged as a mediating factor between control-focused HR practices and self-perceived burnout, but did not show the same effect on burnout as perceived by others.