Título
A influência da personalidade no fit com a cultura organizacional: O papel mediador da orientação de carreira
Autor
Chauhan, Ângela Aishwarya
Resumo
pt
Na literatura acerca do fit com a cultura organizacional, a maioria dos estudos
desenvolvidos debruçam-se sobre a influência que os valores e as crenças individuais
podem apresentar. No entanto, existem poucas investigações que abordem a influência
dos traços de personalidade, particularmente considerando os possíveis fatores que
explicam esta relação, como a orientação de carreira. O presente estudo pretende
compreender a influência da personalidade no fit com a cultura organizacional e o papel
mediador da orientação de carreira.
Para o efeito, recorreu-se a uma metodologia quantitativa, através da realização
de dois questionários aplicados a 130 participantes com idades compreendidas entre os
18 anos e os 74 anos, onde foram utilizadas as seguintes escalas: The Big Five Inventory
(BFI) de John, Donahue e Kentle (1991), “Organizational Culture Assessment
Instrument” de Cameron e Quinn (2006), “Protean Career attitudes scale” de Hall (1976)
e “Boundaryless career attitudes scale” de Arthur (1994). Os resultados revelaram que
indivíduos mais abertos à experiência tendem a adotar atitudes de carreira proteana
proporcionando um fit com a cultura predominantemente de adocracia e atitudes de
carreira sem fronteiras proporcionando um fit com as culturas predominantemente de
adocracia, mercado e clã.
Em suma, a investigação demonstrou ser relevante para as práticas de gestão de
recursos humanos, realçando-se que os indivíduos devem candidatar-se a organizações
cuja cultura seja compatível com a sua personalidade e preferências de carreira e que as
empresas devem selecionar candidatos cujas personalidades se ajustem à sua cultura e
proporcionar oportunidades de carreira alinhadas às suas escolhas pessoais.
en
In the literature on organizational culture fit, most studies focus on the influence
that individual values and beliefs may have. However, there are few investigations
addressing the influence of personality traits, particularly considering potential factors
that explain this relationship, such as career orientation. The present study aims to
understand the influence of personality on organizational culture fit and the mediating
role of career orientation.
To this end, a quantitative methodology was used, with two questionnaires
administered to 130 participants aged between 18 and 74 years. The following scales were
used: The Big Five Inventory (BFI) by John, Donahue, and Kentle (1991), the
“Organizational Culture Assessment Instrument” by Cameron and Quinn (2006), the
“Protean Career Attitudes Scale” by Hall (1976), and the “Boundaryless Career Attitudes
Scale” by Arthur (1994). The results revealed that individuals more open to experience
tend to adopt protean career attitudes, fostering a fit with a predominantly adhocracy
culture, and boundaryless career attitudes, fostering a fit with predominantly adhocracy,
market, and clan cultures.
In summary, the research proved to be relevant for human resource management
practices, emphasizing that individuals should apply to organizations whose culture
aligns with their personality and career preferences, and companies should select
candidates whose personalities fit their culture and provide career opportunities aligned
with their personal choices.