No decorrer dos últimos meses, pudemos navegar e compreender a realidade do panorama profissional da disciplina. Através de um “trampolim”, constituído por sete concursos públicos, pudemos “saltar” do espaço académico para o espaço profissional, enfrentando as dificuldades presentes pelos enunciados propostos, os dogmas levantados pelos locais de intervenção como também as condicionantes regulamentares interpostas. Ao longo da segunda parte deste trabalho, pretende-se desenvolver as reflexões despoletadas pelos concursos realizados, que incidem, em primeira análise, na preocupação da transformação da prática da arquitetura em função da evolução tecnológica, em continua ascensão, que tende a mecanizar o pensamento arquitetónico e a tornar pouco consciente um fator fundamental para o exercício da disciplina: a experiência sensorial humana e a sua amplitude, recorrendo à perceção, à memória, à sensibilidade e às atmosferas que partem do encontro do nosso corpo com o mundo. Entende-se que esta condição tende a valorização da visão em relação aos restantes sentidos, construindo, assim, barreiras à sensibilidade e à relação necessária entre o pensador e o objeto. Desta forma, pretende-se analisar esta ausência de consciência através de um olhar mais atento sobre a visão como um sentido dominante e o tato como um sentido “esquecido” e perceber, enquanto estudante da prática, de que forma estes fatores têm influenciado a interpretação e representação do objeto arquitetônico e reprimido a ideia de um imaginário. Pretende-se refletir e analisar as questões referidas através de diversos pontos de vista de arquitetos e filósofos, bem como através de exemplos práticos que busquem este imaginário e reflitam a importância do fator sensorial na disciplina.

In the course of the past few months, we have been able to navigate and understand the reality of the discipline’s professional landscape. Through a “stamping” consisting of seven public contests, we were able to “jump” from academic space to professional space, facing the difficulties present by the proposed utterances, the dogmas raised by intervention sites as also the regulatory conditioners filed. The second part of this work is intended to develop the reflections triggered by the contests held, The first analysis concerns the transformation of the practice of architecture as a function of technological evolution, on continuing, which tends to mechanize thinking architectural and make a fundamental factor unconscious for the exercise of discipline: human sensory experience and its amplitude, using perception, memory, sensitivity, and atmospheres departing from the encounter of our body with the world. It is understood that this condition tends to the appreciation of the vision concerning the other senses, thus building barriers to sensitivity and the relationship required between the thinker and the object. In this way, it is intended to analyze this absence of consciousness through a more attentive look at vision as a dominant sense and tact as a “forgotten” sense and perceive, as a student of the practice, in what ways these factors have influenced interpretation and representation of the architectural object and repressed the idea of an imaginary. It is intended to reflect and analyze the questions referred to through various viewpoints of architects and philosophers, as well as through practical examples that pick this imaginary and reflect the importance of sensory factors in discipline.