Numa sociedade fortemente permeada pelo uso de tecnologias digitais da informação, mediadoras da comunicação, omnipresentes e transversais à vida em sociedade, também os equipamentos culturais destinados à arte contemporânea se deparam com a necessidade de explorar a sua integração no espaço e discurso museológico. Havendo múltiplas tecnologias passíveis de serem aí integradas, restringiu-se a investigação ao uso de aplicações para smartphone em contexto de visita a exposições de arte, pretendendo-se perceber se, ou de que forma, são recurso da mediação cultural aí ocorrida, e sua consequente receção por públicos. Assim, pretendeu-se aqui averiguar a existência e uso de aplicações institucionais de museus e exposições de arte, para smartphone, em território nacional, bem como a recetividade dos públicos perante essa oferta. Para isso, apresenta-se o estudo de caso realizado, dos públicos do Centro Cultural de Cascais. Foi possível concluir que as aplicações para smartphone podem contribuir para a função comunicativa e educativa dos museus, bem como para o engajamento e participação ativa dos seus públicos, visto que permitem a interação, a livre escolha, as aprendizagens livres, através da personalização da experiência de visita. São, então, um tipo de mediação cultural válido, que medeia não só a comunicação entre museu e públicos, mas também a relação entre visitantes e obras de arte.

In a society strongly permeated by digital information technologies, omnipresent mediators of communication, contemporary art spaces like museums and galleries also face the need to explore its uses in their facilities and into their discourses. As there are multiple technologies one can apply to art exhibitions and other cultural spaces, only the use of smartphone apps while visiting art exhibitions is addressed in this work. Our intention is to perceive if, or how, smartphone apps are a resource for art mediation, and its consequent audience use and reception. Accordingly, a search for institutional apps of museums and art exhibitions in Portugal was carried out, as well as a case study developed at Centro Cultural de Cascais, here presented. In conclusion, it is possible to consider that smartphone apps can enhance museums communication and educational role, as well as engage their audiences in active participation, since they allow interaction, decision making and informal and free learning, through the personalization of the visit experience. They are, therefore, a valid means of art and cultural mediation, seen they put in relation museums and its audiences, but also visitors with the works of art on display.