Esta tese procura explorar a relevância dos concursos de arquitetura no desenho da habitação, utilizando o desafio "trampolim" como pano de fundo. sete concursos públicos foram realizados ao longo de dez meses, que desafiaram a exploração de diferentes realidades e prazos. neste processo, a diversidade de abordagens que a arquitetura pode oferecer revelou-se clara, e uma das perguntas que persistiu foi: qual o papel dos concursos no desenho da habitação? neste estudo, pretende-se questionar a resistência observada entre promotores e júris, enquanto se analisa como é possível transformar os concursos em motores de inovação. momentos na história demonstram que a rutura é não apenas necessária, mas vital. exemplos internacionais, como os concursos na bélgica, mostram que processos que promovem diversidade e colaboração podem trazer novas ideias, aproximando a arquitetura da vida contemporânea. o tema da habitação na arquitetura evolui de forma lenta e revela-se profundamente conservador. em portugal, essa dinâmica não é exceção, e o desenho carece de desafios que o impulsionem para novas formas de habitar. esta tese propõe uma transformação do sistema de concursos, com o objetivo de promover júris mais diversos e fomentar uma cultura crítica que valorize a inovação. ao reimaginar os concursos, talvez consigamos traçar um futuro habitacional mais significativo, onde a arquitetura não seja apenas uma resposta às necessidades, mas uma reflexão profunda sobre o significado de habitar.

This thesis seeks to explore the relevance of architectural competitions in housing design, using the ‘trampoline’ challenge as a backdrop. seven public competitions were held over ten months, which challenged the exploration of different realities and deadlines. in the process, the diversity of approaches that architecture can offer proved to be clear, and one of the questions that remained was: what is the role of competitions in housing design? this study aims to question the resistance observed between promoters and juries, while analysing how it is possible to transform competitions into engines of innovation. moments in history demonstrate that rupture is not only necessary, but vital. international examples, such as the competitions in belgium, show that processes that promote diversity and collaboration can bring new ideas, bringing architecture closer to contemporary life. the theme of housing in architecture evolves slowly and is deeply conservative. in portugal, this dynamic is no exception, and design lacks challenges that push it towards new ways of living. this thesis proposes a transformation of the competition system, with the aim of promoting more diverse juries and fostering a critical culture that values innovation. by reimagining competitions, we may be able to chart a more meaningful housing future, where architecture is not just a response to needs, but a profound reflection on the meaning of living.