Nos últimos anos, a transição energética global desencadeou debates intensos nos países em desenvolvimento. Neste contexto, a Indonésia, o quarto país mais populoso do mundo e membro do G20, implementou uma série de políticas industriais. Embora a política industrial não seja uma novidade na Indonésia, desde a última década que a intervenção do Estado se tem centrado nos recursos naturais e no seu papel no mercado global, bem como na sua importância para a transição energética. Esta tese analisa as consequências da proibição da exportação de níquel pela Indonésia, um metal crucial para as baterias dos veículos elétricos e parte integrante da transição energética. Analisando um conjunto de dados de séries temporais compreendidas entre 1989 e 2021, recolhidos do World Bank e da FRED, os resultados da regressão linear múltipla mostram que a exportação de níquel tem uma correlação ligeiramente positiva com a taxa de crescimento do PIB e que os anos da proibição de exportação ainda não apresentam qualquer significado estatístico. Dado que este comportamento de “nacionalismo de recursos” é relativamente recente, irá oferecer oportunidades de investigação para os próximos anos.

In recent years, the global energy transition has triggered intense debates in developing countries. In this context, Indonesia, the world's fourth most populous country and member of the G20, has implemented a series of industrial policies. Although industrial policy is not new to Indonesia, since the past decade, state intervention has focussed on the natural resources and their role in the global market as well as their importance for energy transition. This thesis delves into the consequences of Indonesia's export ban on nickel, a metal crucial for electric vehicle batteries and integral to the green transition. Analysing a time series dataset comprised between 1989 and 2021 gathered from the World Bank and FRED, the results of the multiple linear regression show, that nickel export has a slightly positive correlation with the GDP growth rate and the years of the export ban do not show any statistical significance yet. Given that this behaviour of “resource nationalism” is relatively recent, it gives opportunities for research in the upcoming years.