Título
A promoção e a prevenção na saúde suplementar
Autor
Maia, Ailton Nascimento
Resumo
pt
Este projeto foi desenvolvido visando mostrar o novo foco da estratégia
financeira em relação à atividade fim das Operadoras de Saúde brasileiras (OPS) e a
conseqüência deste novo foco no relacionamento com os prestadores de serviços
(hospitais e clínicas) que trabalham no mercado de saúde suplementar. Por essência, o
mercado de OPS deve ser remunerado pela qualidade do resultado da prestação de
serviços aos seus beneficiários. No mercado brasileiro, ao invés de seguir esta regra, as
OPS criaram e desenvolveram um ambiente hostil com os seus prestadores através de
regras de controle de gastos nem sempre realistas. Esta situação de conflito entre as
OPS e os prestadores encontra uma vítima inocente: os usuários do sistema, que deixam
de receber a atenção e o desenvolvimento adequado dos processos necessários para o
seu restabelecimento. A hipótese que levantamos é que através da implementação da
prevenção e da promoção em saúde, práticas com boa relação custo-efetividade, a
relação econômica dos atores envolvidos na prestação da assistência em saúde seria do
tipo “ganha-ganha”. Ganham os beneficiários que serão o alvo de programas de
educação em saúde envolvendo inclusive o estímulo para o auto-cuidado, bem como a
cadeia de produção de serviços, que envolve o diagnóstico, tratamento e recuperação da
saúde, que deixam de ter gastos na atenção secundária e terciária principalmente em
procedimentos de alta complexidade evitáveis, podendo dar ênfase a gastos na
promoção e prevenção da saúde.
en
This work intends to demonstrate the new focus of the Brazilian Operators of
Health (OPS) financial strategy from its core business and the consequence of this new
focus in the relationship with hospitals and clinics that work at the market of
supplemental health. In essence the market of OPS should be remunerated for the
quality of services provided to their beneficiaries. In the Brazilian market instead of
following this rule, OPS created and developed a hostile environment, imposing
unrealistic rules of cost control. This conflict situation between OPS and service
providers generates an innocent victim: the users of the system which cease to receive
the attention and proper development of the processes necessary for their recovery. Our
hypothesis states that through the implementation of prevention and health promotion
strategies – practices with good cost-effectiveness – the economic relationship between
the actors involved will be of the win-win type. Win the beneficiaries that will have
access to health education programs - including the stimulus for self-care; wins the
supply chain services - diagnosis, treatment and health recovery - by diminishing its
spending on secondary and tertiary care services (especially in avoidable and highly
complex procedures), and may thus focus on health promotion and disease prevention
programs.