O objetivo desta dissertação incidiu sobre as decisões organizacionais de gestão perante uma situação de equilíbrio trabalho-vida, verificando a influência dos estereótipos prescritivos de idade, especificamente os estereótipos de lealdade-pertença e vitalidade-inovação, em relação aos mais jovens nas organizações. Foi realizado um estudo experiemental, between-subjects (N=171). Através de um cenário fictício acerca de um determinado trabalhador sujeito a trabalhar horas extra na sua empresa, tendo um compromisso pessoal, fora do contexto de trabalho, foi manipulada a idade do trabalhador (jovem vs meia idade). Ademais, o estudo teve também como finalidade, compreender se os estereótipos prescritivos, a perceção do equilíbrio trabalho-vida e a própria idade dos participantes poderia ter relação com os efeitos. Para a realização do estudo principal, foi efetuado um pré-teste (N=100) para conhecer as atividades fora do trabalho típicas dos vários grupos etários de trabalhadores, tendo sido selecionada para o cenário uma das atividades igualmente típicas dos jovens e das pessoas de meia-idade. Previam-se hipóteses relacionadas com a influência positiva da situação do equilíbrio trabalho-vida do trabalhador, na decisão de gestão, afetando especialmente os trabalhadores mais jovens e, adicionalmente, que as perceções dos participantes acerca do equilíbrio trabalho-vida, bem como os estereótipos prescritivos de idade, medeiam o efeito da idade na decisão de gestão, sendo os efeitos moderados pela idade dos participantes. Os resultados obtidos não suportaram as hipóteses referidas, tendo sido discutidos à luz das razões que os participantes deram relativamente às suas respostas, podendo estes terem implicações práticas para as organizações.

The purpose of this dissertation, focused on organizational management decisions in a work-life balance situation, verifying the influence of prescriptive age stereotypes, specifically loyalty-belonging and vitality-inovation stereoypes, regarding younger workers in organizations. A experiemental study was conducted, using a between-subjects design ( N=171). Trough a fictional scenario involving a particular worker, facing to work extra hours in his company, having a personal commitment outside of work, the worker´s age (young vs. middle-aged ) was manipulated. Futhermore, the study aimed to understand wether prescriptive stereotypes, perceptions of work-life balance , and the participants´own age could be related to the effects observed. For the main study, a pre-test was conducted ( N=100) to identify typical out of work activities, typical of various groups of workers, and one activity equally typical of both young and middle-aged individuals was selected for the scenario. Hypotheses related to the positive influence of the worker´s work-life balance situation on the management decision were predicted, particulary affecting younger workers. Additionally, it was hypothesized that participant´s perceptions of work-life balance and prescriptive age stereotypes, would mediate the age effect on management decisions, with the effects being moderated by the participant´s age. However, the results did not support these hypotheses, and the participant´s answers were discussed in light of the reasons they provided, which may have pratical implications for the organizations.