Teses e dissertações

Mestrado
Psicologia Comunitária, Proteção de Crianças e Jovens em Risco
Título

Perceção e avaliação dos adultos face à expressão de sexismo em crianças: papel moderador do tipo de sexismo e do género do participante

Autor
Henriques, Joana
Resumo
pt
O sexismo ambivalente reúne um conjunto de crenças (benevolentes e hostis) sobre as relações entre homens e mulheres, contribuindo para as desigualdades de género. A pesquisa recente sugere que estas crenças (e.g., paternalismo protetor) estão presentes em crianças, e que os pais têm um papel ativo na sua socialização. Contudo, e embora a pesquisa revele que o sexismo benevolente é socialmente aceite, é desconhecido de que modo avaliam os adultos a expressão de diferentes formas de sexismo pelas crianças. Para responder a esta questão, realizámos um estudo quase-experimental, com 217 Portugueses, a média das idades foi de 32,1 anos, tendo o participante mais novo 11 anos e o mais velho 82 anos, foi obtido um desvio padrão de 12,5 anos. Mais de metade da amostra analisada era do género feminino (60,4%). Os participantes avaliaram um alvo do sexo masculino (12 anos de idade) a partir da das respostas (falsas) a um questionário de sexismo ambivalente. Foram criados quatro perfis (não-Sexista; sexista benevolente; sexista hostil; sexista ambivalente), refletindo maior/menor concordância com crenças de sexismo benevolente/hostil. Cada participante avaliou um perfil/alvo relativamente ao grau de sexismo expresso e qualidade de uma eventual relação amorosa futura. Os resultados revelam que, em geral, os participantes avaliam mais positivamente e consideram mais equivalentes os perfis não-sexista e sexista benevolente. Participantes com níveis mais elevados de sexismo benevolente avaliam de forma igualmente desfavorável os perfis não-sexista e sexista hostil relativamente à expressão de carinho e companheirismo numa relação futura. Os resultados são discutidos no quadro do papel dos adultos no desenvolvimento e expressão do sexismo na infância e as suas implicações para as relações amorosas futuras.
en
Ambivalent sexism brings together a set of beliefs (benevolent and hostile) about relations between men and women, contributing to gender inequalities. Recent research suggests that these beliefs (e.g., Protective paternalism) are present in children, and that parents play an active role in their socialization. However, although research reveals that benevolent sexism is socially accepted, it is unknown how adults assess the expression of different forms of sexism by children. To answer this question, we conducted a near-experimental study with 217 Portuguese, the mean age was 32.1 years, with the youngest Participant 11 years and the oldest 82 years, a standard deviation of 12.5 years was obtained. More than half of the sample analyzed was female (60.4%). Participants evaluated a male target (12 years old) from the (false) answers to an ambivalent sexism questionnaire. Four profiles were created (non-sexist; benevolent sexist; hostile sexist; ambivalent sexist), reflecting greater/lower agreement with beliefs of benevolent/hostile sexism. Each participant evaluated a profile/target regarding the degree of express sexism and quality of a possible future love relationship. The results reveal that, in general, the Participants evaluate more positively and consider more equivalent the non-sexist and sexist benevolent profiles. Participants with higher levels of benevolent sexism also unfavorably assess non-sexist and sexist hostile profiles regarding the expression of affection and companionship in a future relationship. The results are discussed in the context of the role of adults in the development and expression of sexism in childhood and its implications for future love relationships.

Data

08-fev-2023

Palavras-chave

Ambivalent sexism
Sexismo ambivalente
Criança -- Child
Adulto -- Adult
Atitudes face ao sexismo
Attitudes toward sexism

Acesso

Acesso livre

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