A presente dissertação propõe-se a analisar, partindo de uma revisão da literatura que enquadra teoricamente os media numa Sociedade em Rede, o papel de uma rede social online na criação de interações e relações parassociais. Para isso, foca-se no estudo de caso do programa do “Como é que o Bicho Mexe?”, no Instagram do humorista português, Bruno Nogueira. Fez-se uso de uma metodologia qualitativa, operacionalizando entrevistas compreensivas a doze seguidores do programa. Por impedimento da pandemia de Covid-19, mediou-se a recolha de dados através de um software de videochamadas – Zoom. Refletiu-se em que medida o fenómeno mencionado propicia o estabelecimento de interações e relações parassociais, bem como o que motiva as audiências, num contexto pandémico, a aderirem ao programa e em que circunstâncias o fazem. Identificou-se uma forte empatia por parte dos entrevistados sobre o formato e com o que este representava. Ainda que nem todos os temas originassem o mesmo sentimento perante a amostra de visualizadores, o sentimento de agrado foi geral, sustentando as interações parassociais. Relativamente às relações parassociais, constatou-se um resultado transversal: existem semelhanças entre as relações de amizade mantidas pelos entrevistados e aquelas demonstradas entre os participantes da ação.

This dissertation proposes to analyze, starting from a literature review that theoretically frames the media in a Network Society, the role of an online social network in the creation of parasocial interactions and relationships. For this, it focuses on the case study of the program “Como é que o Bicho Mexe?”, on the Instagram of the Portuguese comedian, Bruno Nogueira. It was used a qualitative methodology, operationalizing comprehensive interviews to twelve followers of the program. Due to the Covid-19 pandemic, data collection was carried out using video call software – Zoom. Was a matter of reflecting on the extent to which the mentioned phenomenon facilitates the establishment of parasocial interactions and relationships, as well as what motivates audiences, in a pandemic context, to join the program and under what circumstances they do so. Empathy was identified on the part of the interviewees about the format and what it represented. Although not all themes gave rise to the same feeling among the sample of viewers, the feeling of enjoyment was general, sustaining the parasocial interactions. With regard to parasocial relationships, a transversal result was found: there are similarities between the friendship relationships maintained by the interviewees and those demonstrated among the participants in the action.