Nas últimas décadas, os problemas ambientais tornaram-se um assunto de interesse global. Contudo, apesar da necessidade de ação para a sua mitigação, as alterações climáticas continuam a tornar-se cada vez mais perigosas. Assume-se que a emergência climática deve ser combatida em benefício das gerações presentes e futuras, realçando-se o papel da juventude. O presente estudo apresenta como objetivos: i) caracterizar a perceção dos jovens relativamente ao meio ambiente e a questões de sustentabilidade ambiental; ii) evidenciar o modo como os jovens operam quando se trata de assuntos climáticos; iii) identificar possíveis diferenças relativamente à forma de apresentar e lidar com os problemas climáticos de jovens do CNE e de jovens que nunca pertenceram a associações ambientais. Para responder aos objetivos, foi conduzido um estudo através de grupos focais com escuteiros e não escuteiros. Os resultados confirmaram que a emergência climática, apesar de considerada um problema urgente, não é um dos mais importantes para os jovens. Ainda assim, é possível perceber que estamos perante uma geração capaz de lutar a favor da mitigação deste flagelo. Relativamente às diferenças entre jovens escuteiros e não escuteiros, é possível aferir que estas são escassas, excetuando na facilidade com que os primeiros têm acesso a ações pró-ambientais. Assim, conclui-se que foi possível perceber qual a perceção e forma de lidar dos jovens face à problemática ambiental, tal como foi possível concluir que não existem diferenças substanciais na forma de agir e percecionar as alterações climáticas, entre os jovens escuteiros e não escuteiros.

Over the past decades, environmental problems have become a matter of global concern. However, despite the need for action for its mitigation, climate change continues to become increasingly dangerous. It is assumed that the climate emergency must be fought for the benefit of present and future generations, highlighting the role of youth. This study presents as objectives: i) to characterize the perception of young people regarding the environment and environmental sustainability issues; ii) to highlight how young people operate when it comes to climate issues; iii) to identify possible differences regarding the way of presenting and dealing with climate issues of young from CNE and young people who have never belonged to environmental associations. To answer the objectives, a study was conducted through focus groups with Scouts and non-Scouts. The results confirmed that the climate emergency, although considered an urgent problem, is not one of the most important in the lives of young people. Even so, it is possible to perceive that we are dealing with a generation that can address this calamity mitigating. Regarding the differences between young Scouts and non-Scouts, it is possible to assess that these are scarce, except in the ease with which the former have access to pro-environmental actions. Thus, we conclude that it was possible to understand how young people perceive and deal with environmental issues, just as it was possible to conclude that there are no substantial differences in the way they act and perceive climate change between young Scouts and non-Scouts.