Ao longo da última década, o sector bancário europeu enfrentou diversas mudanças, que contribuíram para o surgimento de novos temas no âmbito da gestão bancária. Por um lado, as alterações na regulação em vigor fizeram com que a corporate governance se tornasse num tópico recorrente para fazer face aos problemas causados por objectivos desalinhados. Por outro lado, o progresso e a inovação fizeram com que os bancos repensassem as suas estratégias, tendo, por sua vez, facilitado a popularização da ambidestria organizacional como uma abordagem estratégica com vista a obter uma vantagem competitiva num ambiente dinâmico. Neste estudo, procurámos investigar o papel que os dois tópicos supramencionados desempenham em atingir uma performance financeira superior. Os resultados obtidos, demonstraram que, enquanto que aparenta existir uma relação entre a relative exploration e o ROA, as conclusões sobre os mecanismos de corporate governance são ambíguas. Não foi encontrada uma influência significativa por parte da pontuação de ESG na performance, no entanto, as características do conselho de administração mostraram ter um efeito no ROA. Adicionalmente, este estudo contribui para o tópico da possível relação entre a ambidestria organizacional e a corporate governance, para os quais não obtivemos resultados estatisticamente significativos.

The banking sector in Europe has met several changes during the latest decade, which brought to light new subjects into the field of banking management. On one hand, the change in regulations caused corporate governance to become a recurring topic to address agency problems arising from misaligned objectives. On the other hand, progress and innovation made banks rethink their strategies, with organizational ambidexterity gaining popularity as a strategic approach to gain competitive advantage in a dynamic environment. In this study, we sought to investigate the role of the two subjects mentioned above in achieving a superior financial performance. Our results demonstrate that whilst there seems to be a positive effect of relative exploration on ROA, the conclusions regarding the corporate governance mechanisms are mixed: we did not find a significant influence of the ESG score on performance, but we did find that board characteristics have an effect on ROA. Additionally, our research contributes to the rather unexplored theme on whether there is a connection between organizational ambidexterity and corporate governance, which did not yield statistically significant results.