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Iscte • 22 set 2011
Estudo do ISCTE-IUL revela: Jovens dão mais valor à leitura e o Plano Nacional de Leitura deu uma ajuda
Em cinco anos o Plano Nacional de Leitura (PNL) "ajudou a reforçar as competências de leitura" das crianças e jovens, que dão hoje mais importância ao acto de ler, de acordo com um estudo do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, divulgado este mês.
“Resultados encorajadores para o futuro projecto” foi a conclusão comentada pelo Professor António Firmino da Costa, responsável pelo trabalho de análise aos cinco anos de actividade do PNL (desde a sua criação em 2006), na promoção de hábitos de leitura entre os mais novos e, em particular, em ambiente escolar.
O estudo é o somatório de inquéritos e entrevistas a vários agentes da promoção da leitura e a jovens entre os 15 e os 24 anos, incluindo ainda cruzamento de dados estatísticos nacionais e internacionais sobre hábitos de leitura.
Nos inquéritos realizados em 2007, 2009 e 2011 a jovens entre os 15 e os 24 anos, verificou-se que "houve uma evolução em cerca de 20 por cento na percepção da importância da leitura. É encorajador verificar esta evolução positiva em tão pouco tempo", afirma o Vice-Reitor desta Universidade.
Nos cincos anos de existência do PNL registou-se genericamente um aumento sustentado de bibliotecas escolares envolvidas neste projecto, assim como de autarquias.
Entre os professores de toda a rede de ensino básico e secundário que foram ouvidos para este estudo, mais de 90 por cento referiu que o PNL permitiu a realização de mais actividades de leitura nas salas de aula e que as bibliotecas escolares são mais frequentadas.
"O Plano Nacional de Leitura não é um projecto-piloto”, refere Firmino da Costa. “É uma operação de escala nacional e isso é muito importante. Desde o início teve esta ousadia de se colocar à escala total e isso não é uma coisa habitual e simples. E o que é menos habitual é que isto resultou!"