Eu não queria falar ‘do véu’…
Armadilhas para a Antropologia e como desengatilhá-las
Eu não queria falar ‘do véu’, mas ele é um bom exemplo de como mundo está cheio de armadilhas para a Antropologia e é bom para pensar como podemos desengatilhá-las (em tempos de guerra este termo é pertinente).
Argumentarei pela defesa de uma Antropologia fundamental produzida lenta e independentemente dos sobressaltos políticos, que possa servir para a criação de um arsenal de argumentos sólidos e que melhor possa servir em situações de urgência, pela reposição de etnografias densas, mas muito para além de uma perspetiva meramente culturalista: etnografias que devolvam seriamente a perscrutação social à antropologia e que alarguem também a ideia de etnografia multisituada às diferentes escalas (aos diferentes sítios) das estratigrafias cronológicas e históricas convocadas. - Maria Cardeira da Silva
Biografia
Maria Cardeira da Silva é professora de Antropologia na NOVA FCSH e investigadora sénior no CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia. O seu trabalho explora contextos árabes e islâmicos, o Islão, género e feminismos, e a antropologia do turismo e do património de forma mais ampla. Ao longo dos anos, realizou trabalhos de campo etnográfico em Marrocos, Mauritânia e no sul de Portugal, bem como estadias de investigação mais curtas no Brasil, Irão, Senegal e Guiné-Bissau.
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Aula Ernesto Veiga de Oliveira