O Doutoramento em Economia Política tem uma duração de 4 anos (8 semestres), totalizando 240 ECTS.
No final do 1º semestre do 2º ano, no âmbito da unidade curricular Projeto de Investigação e Escrita Académica, realiza-se a aprovação final do projeto de tese.
Para a realização da tese de doutoramento o(a) estudante disporá dos restantes 5 semestres, subsequentes à aprovação do projeto de doutoramento.
1ºANO, 1º SEMESTRE
Economia, Sociedade, Governação
Epistemologia e Metodologia da Economia Política
História da Economia Política
1º ANO, 2º SEMESTRE
Economia Política Aplicada
Seminário sobre Técnicas de Investigação em Ciências Sociais
Economia Política Comparada
2º ANO, 1º SEMESTRE
Projeto de Investigação e Escrita Académica
Seminário de Investigação Transdisciplinar
Optativa*
2º ANO, 2º SEMESTRE
Seminário de Investigação e Leitura Acompanhada
Tese em Economia Política
3º E 4º ANOS
Seminário de Investigação
Tese em Economia Política
* A UC optativa condicionada (2º ano, 1º semestre) é escolhida de entre um conjunto de UCs disponíveis nas instituições envolvidas, de nível doutoral, relevante para o desenvolvimento do trabalho de dissertação, ou entre um conjunto de optativas do Doutoramento em Economia Política.
Plano de Estudos para 2025/2026
| Unidades curriculares | Créditos | |
|---|---|---|
| 1º Ano | ||
|
História da Economia Política
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
|
Seminário sobre Técnicas de Investigação em Ciências Sociais
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
|
Economia Política Comparada
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
|
Epistemologia e Metodologia da Economia Política
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
|
Economia Política Aplicada
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
|
Economia, Sociedade, Governação
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
| 2º Ano | ||
|
Seminário de Investigação e Leitura Acompanhada
5.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 5.0 |
|
Projeto de Investigação e Escrita Académica
14.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 14.0 |
|
Seminário de Investigação Transdisciplinar
10.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 10.0 |
| 3º Ano | ||
|
Seminário de Investigação
12.0 ECTS
|
Parte Escolar > Unidades Curriculares Obrigatórias | 12.0 |
História da Economia Política
No final da UC, cada estudante deverá ter adquirido as competências necessárias para:
1.Desenvolver capacidades críticas, argumentativas e de julgamento autónomo.
2. Interpretar de forma crítica textos e obras de autores à luz do contexto histórico e da sua relação com as principais tradições e correntes da economia política.
3. Identificar as origens e compreender as ideias económicas e políticas presentes em controvérsias contemporâneas.
1. O liberalismo clássico e o capitalismo industrial: Smith, Ricardo, Mill
2. O capitalismo moderno e a sua natureza: Marx, Schmoller, Durkheim, Sombart, Weber e Veblen 3. Democracia e capitalismo: institucionalismo vs. marginalismo nas primeiras décadas do século XX
4. O papel económico do Estado: a Economia do Bem-Estar - Pigou e Coase
5. A Grande Depressão e o papel económico do Estado: Keynesianismo(s) - Kalecki e Minsky
6. Capitalismo, socialismo e mercados
7. Descolonização e desenvolvimento: teorias da modernização; estruturalismos; teoria da dependência. 8. Teorias sobre moeda: institucionalistas e pós-keynesianos
9. Economia política ecológica
A avaliação ao longo do semestre inclui as seguintes dimensões:
a) leitura da bibliografia de suporte às aulas e participação no debate (30%); b) ensaio escrito em contexto de sala de aula sobre uma questão que deverá enquadrar-se num tema previamente preparado (de entre os três temas indicados na data referida pela equipa docente) (70%). Na data de desenvolvimento do ensaio escrito, em contexto de sala de aula, a lista de referências bibliográficas e outros recursos que foram utilizados na preparação do tema deverão ser entregues à equipa docente. A utilização de ferramentas de IA deverá ser acompanhada da identificação das referidas ferramentas, do modo como foram usadas e do seu papel e relevância no conteúdo da investigação desenvolvida.
Reserva-se a possibilidade de uma discussão oral sobre o ensaio escrito (em contexto de sala de aula), sempre que tal possa constituir um elemento clarificador da avaliação em curso.
A avaliação desta UC não contempla a realização de exame escrito final.
1. Caporaso, J. A. e Levine D. P. (1992), Theories of Political Economy, Cambridge: Cambridge University Press
2. Kurz, H. and Riemer, J. (2016), Economic Thought: A Brief History, New York: Columbia University Press.
3. Milonakis, Dimitris and Ben Fine (2009), From Political Economy to Economics: Method, the social and the historical in the evolution of economic theory, Routledge: London and New York.
4. Trigilia, C. (2002), Economic Sociology – State, Market and Society in Modern Capitalism, Oxford: Blackwell. 5. White, Lawrence (2012), The Clash of Economic Ideas. The Great Policy Debates and Experiments of the Last Hundred Years, Cambridge University Press, pp. 99-125.
- Coase, Ronald H. (1960), “The Problem of Social Cost”, Journal of Law and Economics, Vol. III: 1-44.
- Immerwahr, Daniel (2020), How to Hide an Empire: A Short History of the Greater United States, London, Vintage.
- Kalecki, M., (1938), “The Determinants of Distribution of the National Income”, Econometrica, 6(2): 97-112.
- Marx, Karl (1859), Para a Crítica da Economia Política, Prefácio, Ed. Avante disponível em https://www.marxists.org/portugues/marx/1859/01/prefacio.htm.
- Minsky, Hyman P. (1992), “The Financial Instability Hypothesis”, Levy Economics Institute Working Paper no. 74.
- Myrdal, Gunnar (1971), Economic theory and underdeveloped regions, Harper Torchbooks
- Rutherford, Malcolm (2015), “Institutionalism and the Social Control of Business”, History of Political Economy, 47 (annual suppl.): 77-98.
-Smith, Adam (1993 [1776]), The Wealth of Nations, Oxford: Oxford University Press. -Spash, Clive L. (2021) “The contested conceptualisation of pollution in economics: Market failure or cost shifting success?”, Cahiers d’Économie Politique/Political Economy Papers 79 (1): 85-122.
-Wray, L. Randall (2004), The Credit Money and State Money Approaches (April 1, 2004). Available at SSRN.
Seminário sobre Técnicas de Investigação em Ciências Sociais
No final da UC, os estudantes devem ter adquirido competências para
- desenhar e planear o seu projeto de investigação em termos metodológicos
- escolher a metodologia mais adequada para a sua dissertação
-aplicar metodologias e técnicas de pesquisa específicas tendo em conta a natureza dos dados.
1 – Metodologias qualitativas e quantitativas: distinção e complementaridade
2-Análise estatística multivariada e econométrica
3- Análise Qualitativa Comparada
4-Análise input-output: descrição e aplicações
5- Análise de Redes
6- Etnografia, entrevistas e metodologias participativas
A avaliação baseia-se em dois momentos:
-na entrega de dois ensaios escritos, cada um com o peso de 50%, associados a dois dos seis módulos lecionados, tendo a escolha que incidir em dois tipos diferentes de metodologia (um ensaio numa metodologia quantitativa e outro numa metodologia qualitativa).
-na discussão presencial numa sessão conjunta (mesma hora, mesmo dia para todos os módulos) na qual todo/as aluno/as discutem individualmente com o/a respetiva docente o trabalho entregue. Esta parte vale 20% da ponderação final do ensaio. Não está previsto um exame escrito final.
9. Schreier, M. (2012). Qualitative Content Analysis in
8. Schneider, C.Q. & Wagemann, C. (2012) Set-theoretic Methods for the Social Sciences: A Guide to Qualitative Comparative Analysis. Cambridge: Cambridge University Press.
7. Miller, R. and Blair, P. (2009) Input-Output Analysis. Cambridge: Cambridge University Press.
6. Kadushin, C. (2012) Understanding Social networks : theories, concepts and findings, Cambridge
5. Greene, W.H. (2012) Econometric Analysis. New Jersey, Prentice Hall (7th Edition).
4. Goertz, G. & Mahoney, J. (2012) A Tale of Two Cultures: Qualitative and Quantitative Research in the Social Sciences. Princeton: Princeton University Press.
3. Byrne, D. & Ragin, C. (eds.) (2009) The SAGE Handbook of Case-Based Methods. Londres: SAGE.
2. Borgatti,S. P., Everett, M., Johnson, J.C., (2013), Analysing Social Networks, SAGE
1. Becker, H. S. (1998). Tricks of the Trade: How to Think about Your Research while You?re Doing It. Chicago: The University of Chicago Press.
19. Zuckerman, H. (1972). Interviewing an ultra-elite. The Public Opinion Quartely, 36, 159-175.
18. World Bank (1996). The World Bank Participation Sourcebook. Washington: Environmental Department.
17. Wooldridge, J.M. (2006) Introductory Econometrics: A Modern Approach. USA, Thomson South-Western.
16. Winthereik, B. R. & Verran, H. (2012). Ethnographic stories as generalizations that intervene. Science Studies, 25(1), 37-51.
15. Wasserman, S., Faust, K., (1994) Social network analysis: methods and apllications, Cambridge, MA, Cambridge University Press
14. Stake, R. (1995). The Art of Case-Study Research. Londres: Sage.
13. Scott, J., Social network analysis: a handbook, London, Sage, 2000
12. Rowe, G. & Frewer, L.J. (2004). Evaluating public participation exercises: a research agenda. Science, Technology and Human Values, 29(4), 512-556.
11. Ragin, C. ([1987] 1989) The Comparative Method: Moving Beyond Qualitative and Quantitative Strategies. Berkeley: University of California Press.
10. Prell, C., (2012) Social Network Analysis : history, theory and methodology, SAGE
9. Poirier, J., Clapier-Valladon, S. & Raybaut, P. [1983] (1995). Histórias de Vida: Teoria e Prática. Oeiras: Celta.
8. Piette, A. (1996). Ethnographie de l?action: l?observation des details. Paris: Métaillié.
7. Marques, P. and Salavisa, I. (2016) ?Young People and Dualization in Europe: A Fuzzy Set Analysis?, Socio-Economic Review, 0(0): 1-26. Advance Access.
6. Knoke, D. e Yang,2008, S. Social Network Analysis, 2nd ed.,SAGE
5. Hardy, M. & Bryman, A. (2009) The Handbook of Data Analysis. London, Sage Publications.
4. Hanneman, Robert A. and Mark Riddle ( 2005) Introduction to social network methods. Riverside, CA: University of California, Riverside (http://faculty.ucr.edu/~hanneman/ )
3. Glaser, B. G. & Strauss, A. [1967] (2002). The Discovery of Grounded Theory: Strategies for Qualitative Research. Londres: Aldine.
2. Fine, G. A. (1993). Ten lies of ethnography: moral dilemmas of field research. Journal of Contemporary Ethnography, 22, 167-294.
1. Deakin, H. & Wakefield, K. (2014). Skype interviews: reflections of two PhD researchers. Qualitative Research 14, 603-616.
Economia Política Comparada
No final, o estudante será capaz de:
- Explicar conceitos-chave da EPC e aplicá-los a casos concretos;
- Comparar modelos de capitalismo, estratégias de crescimento e respostas a choques;
- Avaliar literatura académica avançada;
- Produzir e defender ensaios analíticos.
Estes resultados são alcançados através de aulas teórico-práticas, seminários liderados por estudantes e avaliação centrada num ensaio crítico, garantindo pleno alinhamento entre métodos e objetivos.
1. O que é a Economia Política Comparada (EPC)?
2. Variedades de capitalismo
3. Modelos de crescimento na EPC
4. Estado e empresas na Ásia Oriental
5. Economia política da China
6. Populismo e EPC
7. Transição ecológica e EPC
8. Democracia, desigualdade e capitalismo
9. Dualização e solidariedade no mercado de trabalho
Avaliação ao longo do semestre: Discussão de textos em sala (35 %) — grupos de 3 defendem perspetivas opostas (EPC & populismo / EPC & crise ecológica); debate; votação informal (não contabilizada).
Teste escrito em aula (65 %) — três questões, responde-se a uma; temas gerais anunciados previamente; resposta em formato de ensaio; consulta apenas de documentos em papel. Reserva-se a possibilidade de uma discussão oral sobre o ensaio escrito em contexto de sala de aula, sempre que tal possa constituir um elemento clarificar da avaliação em curso. Esta unidade curricular não prevê a modalidade de avaliação por exame final.
7. Streeck, W. (2013), Tempo Comprado ? A Crise Adiada do Capitalismo Democrático, Lisboa: Actual.
6. Rodrik, D. (2011), The Globalization Paradox, Oxford: Oxford University Press.
5. Ryner, M. e Cafruny, A. (2016), The European Union and Global Capitalism ? Origins, Development, Crisis, Hampshire: Palgrave Macmillan.
4. Hancké, B. (ed.) (2009), Debating Varieties of Capitalism: A Reader, Oxford: Oxford University Press.
3. Hall, P. (2012), ?The Economics and Politics of the Euro Crisis?, German Politics, 21(4): 355-371.
2. Hay, C. (2011), ?Globalization Impact on States? in J. Ravenhill (ed.), Global Political Economy, Oxford: Oxford University Press, pp. 312-344.
1. Clift, B. (2014) Comparative Political Economy, Hampshire: Palgrave Macmillan.
28. van Apeldoorn, B. (2002). Transnational Capitalism and the Struggle over European In-tegration. Londres: Routledge.
27. Streeck, W. (2016), How Will Capitalism End ?, Londres: Verso.
26. Spolaore, E. (2013), ?What is European Integration Really About? A Political Guide for Economists?, Journal of Economic Perspectives, 27(3): 125-144.
25. Soederberg, S., Menz, G. e Cerny, P. (eds.) (2006), Internalizing Globalization: The Rise of Neoliberalism and the Decline of National Varieties of Capitalism, Hampshire: Pal-grave Macmillan.
24. Sapir, J. (2012), La démondialisation, Paris : Seuil.
23. Rodrigues, J., Santos, A. C. e Teles, N. (2016), ?Semi-Peripheral Financialisation?, Re-view of International Political Economy, 23(3): 480-510.
22. Rodrigues, J. e Reis, J. (2012), The Asymmetries of European Integration and the Crisis of Capitalism in Portugal. Competition and Change, 16, 188-205.
21. Reis, J., Rodrigues, J. Santos, A. C. e Teles, N. (2014), ?Compreender a Crise: a econo-mia portuguesa num quadro europeu desfavorável?, in J. Reis (ed.), A Economia Política do Retrocesso, Coimbra: Almedina, pp. 21-86.
20. Polanyi, K. (1944), A Grande Transformação, Lisboa: Edições 70, 2012.
19. Peck, J e Theodre, N. (2007), ?Variegated Capitalism?, Progress in Human Geography, 31(6): 731-772.
18. Molina, O. and Rhodes, M. (2007), ?The Political Economy of Adjustment in Mixed Market Economies: A Study of Spain and Italy?, In Hancke?, B., Rhodes, M., and Thatcher, M. (eds.), Beyond Varieties of Capitalism, Oxford: Oxford University Press, pp. 223-252.
17. Marques, P. and Salavisa, I. (2016), ?Young People and Dualization in Europe: A Fuzzy Set Analysis?, Socio-Economic Review, 0(0): 1-26. Advance Access.
16. Lapavitsas, C., Kaltenbrunner, A., Lindo, D., Michell, J., Painceira, J.P., Pires, E., Powell, J., Stenfors, A., Teles, N. e Vatikiotis, L. (2011), Crisis in the Eurozone, Londres: Verso.
15. Ingham, G. (2009), Capitalism, Cambridge: Polity Press.
14. Ingham, G. (2004), The Nature of Money: New Directions in Political Economy, Cambridge: Polity Press.
13. Höpner, M. e Schäfer, A. (2012), ?Embeddedness and Regional Integration: Waiting for Polanyi in a Hayekian Setting?, International Organization, 66: 429-455.
12. Holman, O. (2004), ?Asymmetrical Regulation and Multidimensional Governance in the European Union?, Review of International Political Economy, 11: 714-735.
11. Hall, P. e Soskice, D. (eds.) (2001), Varieties of Capitalism: The Institutional Foundations of Comparative Advantage, Oxford: Oxford University Press.
10. Frieden, J. (2006), Global Capitalism. Its Fall and Rise in the Twentieth Century, Nova Iorque: Norton.
9. De Grauwe, P. (2013), ?The Political Economy of the Euro?, Annual Review of Political Science, 9: 1-18.
8. Chang, H. J. (2002), Kicking Away the Ladder?Development Strategy in Historical Per-spective, Londres: Anthem Press.
7. Caporaso, J. e Tarrow, S. (2009), ?Polanyi in Brussels: Supranational Institutions and the Transnational Embedding of Markets?, International Organization, 63(4): 593-620.
6. Boyer, R. (2005), ?How and Why Capitalisms Differ?, Economy and Society, 34(4): 509-557.
5. Varieties in Capitalism?, New Political Economy, 16(4): 481-500.
4. Bruff, I. (2011), ?What about the Elephant in the Room? Varieties of Capitalism,
3. Bairoch, P. (2011), Mitos e Paradoxos da História Económica, Lisboa: Terramar.
2. Arrighi, G. (2009), The Long Twentieth Century: Money, Power and the Origins of Our Times, Londres: Verso.
1. Amable, B. (2009) ?Structural Reforms in Europe and the (in)coherence of institutions?, Oxford Review of Economic Policy, 25(1): 17-39
Epistemologia e Metodologia da Economia Política
Considera-se que a leitura orientada, a análise crítica de textos seleccionados (disponibilizados pela equipa
docente) e a discussão colectiva nas aulas de seminário são essenciais no processo de ensino-aprendizagem
e por isso valorizadas como componente fundamental para o aprofundamento e densificação dos
conhecimentos no domínio de estudo da unidade curricular assim como para o desenvolvimento de
capacidades de reflexão, análise crítica e debate de ideias, argumentação, avaliação de posições diversas e
formulação de projectos pessoais relevantes de investigação.
1. Entre a filosofia/teoria da ciência e a prática das ciências: a relevância da reflexão metodológica
2. Contributos da filosofia/teoria da ciência
a. Filosofia e história da ciência
b. A sociologia da ciência/conhecimento científico e o construtivismo social
c. Retórica, pós-modernismo e pluralismo
d. Epistemologia Feminista e Economia Política Feminista
e. Economia Política e interdisciplinaridade
f. Ontologia e Realismo Crítico
3. Controvérsias metodológicas na Economia Política
a. Teoria vs. História
b. Matematização, formalismo e modelação
c. Ciência e valores
4. Economia, ciência e política
a. Ciência e Poder
b. Objetividade e expertise técnica
5. A objetivação da complexidade nas ciências sociais
a. Desigualdades sociais, dimensões e indicadores
b. Metodologias intensivas, teoria e prática
c. Subjetividades, perfis e categorias temporais
- Participação nas aulas, que consiste na discussão coletiva de textos previamente disponibilizados pela equipa docente (25%);
- Prova escrita composta por duas questões, que serão selecionadas pela/o estudante de entre quatro propostas sobre os tópicos do programa; a prova é realizada presencialmente em sessão dedicada para o efeito, sendo possível a consulta de materiais autorizados pela equipa docente (75%).
A avaliação desta UC não contempla a realização de exame escrito final.
Boumans, Marcel & Davis, John (2010), Economic Methodology: Understanding Economics as a Science, London: Palgrave Macmillan.
Harding, Sandra (1991), Whose Science? Whose knowledge? Thinking from Women’s Lives, Ithaca, NY: Cornell University Press.
Lawson, Tony (1997), Economics as Reality, London: Routledge.
McCloskey, Deirdre N. (1998), The Rhetoric of Economics, Madison: University of Wisconsin Press.
Milonakis, Dimitris & Fine, Ben (2009), From political economy to economics: Method, the social and the historical in the evolution of economic theory, London: Routledge.
Pombo, Olga; Gärtner, Klaus & Jesuíno, Jorge (2023), Theory and Practice in the Interdisciplinary Production and Reproduction of Scientific Knowledge: ID in the XXI Century, Cham, Switzerland: Springer.
Sayer, Andrew (2000), Realism and Social Science, London: Sage.
Bernstein, Jay Hillel (2015), Transdisciplinarity: A Review of Its Origins, Development, and Current Issues, Journal of Research Practice, 11 (1), https://jrp.icaap.org/index.php/jrp/article/view/510.html
Bertaux, Daniel (2020), As Narrativas de Vida, Lisboa: Mundos Sociais.
Carmo, Renato Miguel (2021), Social inequalities: theories, concepts and problematics, SN Social Sciences 1(116), https://doi.org/10.1007/s43545-021-00134-5
Carmo, Renato Miguel & d'Avelar, Maria Madalena (2021), “The weight of time and the unemployment experience: Daily life and future prospects”, Current Sociology 69(5), 742-760 DOI: https://doi.org/10.1177/0011392120986222
Carmo, Renato Miguel do; Caleiras, Jorge; Roque, Isabel & Assis, Rodrigo Vieira de (2023), O Mundo do Trabalho a Partir de Baixo: Retratos e Percursos, Lisboa: Mundos Sociais.
Coelho, Sandra Lima & Marcelo, Gonçalo (2019), Ética, Economia e Sociedade: Questões Cruzadas, Porto: Universidade Católica Editora.
Graça, João Carlos; Caiado, Jorge & Gomes Correia, Rita (2020), “On the values and attitudes of economics students in Portugal”, Revista de Sociologia e Política, v. 30, e021, Dezembro, pp. 1-19, https://doi.org/10.1590/1678-98732230e021
Grimer-Solem, Erik & Romani, Roberto (1998), “The Historical School, 1870-1900: A Cross-National Reassessment”, History of European Ideas, 24 (4-5), pp. 267-299, https://doi.org/10.1016/S0191-6599(99)00005-4
Hands, Wade Hands (2001), Reflection Without Rules: Economic Methodology and Contemporary Science Theory, Cambridge: Cambridge University Press.
Haro, Fernando Ampudia de (2013), “’Se não cuidarmos de nós, ninguém cuidará’: Autoajuda financeira e racionalidade política neoliberal”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 101, Setembro, pp. 111-134, https://doi.org/10.4000/rccs.5386
Louçã, Francisco (1997), Turbulência na Economia: Uma Abordagem Evolucionista dos Ciclos e da Complexidade em Processos Históricos, Porto: Afrontamento.
Reiss, Julian (2013), Philosophy of Economics: A Contemporary Introduction, London: Routledge.
Roncaglia, Alessandro (2017), “The economist as an expert: a prince, a servant or a citizen?” (disponível em: https://www.ineteconomics.org/perspectives/blog/the-economist-as-an-expert-a-prince-a-servant-or-a-citizen)
Economia Política Aplicada
1.Capacitar os estudantes para o mapeamento teórico das concepções acerca do papel do Estado na economia do pós-guerra.
2.Capacitar os estudantes para a identificação e caracterização dos principais processos históricos formativos da Economia Política contemporânea.
3.Proporcionar instrumentos de análise das especificidades sectoriais, variedades nacionais e regionais dos diversos sistemas de provisão.
4.Capacitar os estudantes para a análise dos sistemas de provisão a partir de uma metodologia que integra múltiplas dimensões institucionais e suas articulações.
5.Capacitar os estudantes para análise crítica da trajectória de sistemas de provisão em Portugal, articulando a esfera internacional onde se integram com as suas especificidades históricas e contextuais.?
1. Estado e Economia no pós-guerra
- A construção dos diversos regimes de Bem-estar: de Bismarck a Beveridge.
- A Grande Depressão e o debate sobre as políticas públicas: gestão macroeconómica e política industrial.
- O ressurgimento do liberalismo no pós-guerra: Thatcher e Reagan.
- Financeirização e integração económica: de ?Bretton Woods? à Grande Recessão.
2. Reconfiguração dos Sistemas de Provisão
- O novo regime monetário (da independência dos bancos centrais à desregulação da banca).
- Reconfiguração dos regimes de investimento público (os modelos das Parcerias-Público-Privada).
- Transformações das políticas de emprego e dos modos de organização dos mercados de trabalho.
- Sistema fiscal e redistribuição.
- Empresarialização e privatização dos serviços públicos.
3. Análise de estudos de caso
- Segurança Social: sistemas de pensões e política social.
- Saúde: as fronteiras difusas entre o público e o privado.
- Redes públicas: Água, electricidade, telecomunicações, transportes
A avaliação terá três componentes:
a) participação nas aulas, demonstração do conhecimento da bibliografia (25%)
b) apresentação de um tema ou estudo de caso nas aulas (25%),
c) artigo sobre tema da cadeira (50%).
5. Orenstein, M.A. (Ed.) (2008). Pensions, Social Security, and the Privatization of Risk. Columbia University Press / SSRC Books.
4. Rodrigues, J.; Santos, A.C. & Teles, N. (2016). A Financeirização do Capitalismo em Portugal. Actual Editora.
3. Mirowski, P. (2013). Never let a serious crisis go to waste: How neoliberalism survived the financial meltdown. Verso Books.
2. Maurin, É. (2009). La peur du déclassement: une sociologie des récessions. Paris: Seuil.
1. Kuhnle, S.; Sander, A. (2010). The Emergence of the Western Welfare State. In Castles, F. G.; Leibfried, S.; Lewis, J.; Obinger, H.; Pierson, C. (eds.). The Oxford Handbook of the Welfare State. Oxford: Oxford Unversity Press.
21. Wolf, M. (2015). As Mudanças e os Choques. Clube do Autor: Lisboa.
20. van der Wel, K. A., & Halvorsen, K. (2015). ?The bigger the worse? A comparative study of the welfare state and employment commitment?. Work, employment and society, 29(1), 99-118.
19. Streeck, W. (2013). Tempo Comprado: A crise adiada do capitalismo democrático. Actual Editora: Lisboa.
18. Rodrigues, M.J. (1988). O sistema de emprego em Portugal: crise e mutações. Lisboa. Dom Quixote.
17. Orenstein, M.A. (2011). ?Pension privatization in crisis: Death or rebirth of a global policy trend?. International Social Security Review 64, 3, pp. 65-80.
16. Orenstein, M.A. (2013). ?Pension Privatization: Evolution of a Paradigm?. Governance 26, 2, pp. 259?281.
15. Maurin, É. (2009). La peur du déclassement: une sociologie des récessions. Paris: Seuil.
14. Mamede, R.P.; Lagoa, S.; Leão, L.; Barradas, R. (2016). ?The Long Boom and the Early Bust: The Portuguese Economy in the Era of Financialisation?. In E. Hein, D. Detzer and N. Dodig (eds.), Financialisation and the Financial and Economic Crises. Country Studies. Cheltenham, UK: Edward Elgar.
13. Lapavitsas, Costas (2013). Profitting without Producing: How Finance Exploits Us. Verso Books.
12. Hacker, J.S. (2004). ?Privatizing Risk without Privatizing the Welfare State: The Hidden Politics of Social Policy Retrenchment in the United States?. American Political Science Review 98, 2, pp. 243-260.
11. Hacker, J.S. (2008). The Great Risk Shift: The New Economic Insecurity and the Decline of the American Dream. Oxford University Press.
10. Goodin, R. E.; Headey, B.; Muffels, R. & Dirven, H.-J. (1999). The Real Worlds of Welfare Capitalism. Cambridge University Press.
9. Gallie, D., & Paugam, S. (Eds.). (2000). Welfare regimes and the experience of unemployment in Europe. OUP Oxford.
8. Galbraith, J. K., & Galbraith, J. K. (2009). The great crash 1929. Houghton Mifflin Harcourt.
7. Esping-Andersen, G. (1990). ?The Three Political Economies of the Welfare State?. In The Three Worlds of Welfare Capitalism. Cambridge: Polity Press.
6. Eichengreen, B. (2008). The European Economy since 1945: Coordinated Capitalism and Beyond. Princeton University Press: New Jersey.
5. Blyth, M. (2013). Austerity: The history of a dangerous idea. Oxford University Press.
4. Béland, D. & Orenstein, M. A. (2013). ?International Organizations as Policy Actors: An Ideational Approach?. Global Social Policy 13, 2, pp. 125-143.
3. Bayliss, K.; Fine, B. & Robertson, M. (2013). ?From Financialisation to Consumption: the System of Provision Approach Applied to Housing and Water?. FESSUD Working Paper Series, No 2.
2. Baldwin, P. (1990). The Politics of Social Solidarity. Cambridge University Press.
1. Appelbaum, E. (2011). ?Macroeconomic policy, labour market institutions and employment outcomes?. Work, employment and society, 25(4), 596-610.
Economia, Sociedade, Governação
1. Desenvolver conhecimentos e competências de análise para uma compreensão holista dos processos económicos, sociais e políticos.
2. Desenvolver a capacidade de debater os fundamentos epistemológicos e conceptuais e de mobilizar as ferramentas analíticas associados ao estudo da estrutura e da dinâmica dos sistemas económicos, sociais e políticos, da sua evolução e das deliberações que os estruturam.
3. Desenvolver a capacidade de debater os fundamentos epistemológicos e conceptuais associados à análise de diferentes modos de ação, instrumentais e não instrumentais, e diferentes perspetivas substantivas e formalistas da racionalidade.
4. Desenvolver a capacidade de relacionar diferentes modos de coordenação, compreendendo as interações mútuas que se estabelecem entre Estado, mercado, organizações, comunidade.
5. Desenvolver capacidades críticas, argumentativas e de julgamento autónomo.
1. Ideias, interesses e instituições (III): a economia política institucionalista
2. III: a economia política marxista
3. III: a economia política keynesiana
4. III: a economia política nacionalista
5. III neoliberais: o contributo austríaco
6. III neoliberais: o contributo ordoliberal
7. III neoliberais: o contributo da teoria da escolha pública
8. III pós-neoliberais: a questão da propriedade
9. III pós-neoliberais: o papel da imaginação institucional
10. III pós-neoliberais: moeda e bancos centrais
11. Economia política e história económica: Estados sociais, democracia e desigualdades
12. Economia política e história económica: o corporativismo em Portugal
13. Economia política e história económica: a democracia em Portugal
14. Pensar como um economista político: história e teoria do capitalismo
a avaliação inclui duas dimensões: a) leitura da bibliografia de suporte às aulas e participação no debate (30%); b) ensaio escrito (70%).
A avaliação desta UC não contempla a realização de exame escrito final.
O instrumento principal de avaliação, o ensaio individual, insere-se nas metodologias de ensino definidas.
Best, Jacqueline (2024), “Central banks' knowledge controversies”, New Political Economy, 29(6): 857-871.
Commons, John (1931), “Institutional Economics”, American Economic Review, 21(4): 641-658.
Garrido, Álvaro (2018), Queremos uma Economia Nova. Estado Novo e Corporativismo, Lisboa: Temas & Debates.
Hayek, Friedrich (1945), “The Use of Knowledge in Society”, American Economic Review, 35(5): 519-530.
Jessop, Bob (2012), “The State”, in B. Fine, A. Saad-Filho, M. Boffo (coords.), The Elgar Companion to Marxist Economics, Aldershot: Edward Elgar.
Keynes, John Maynard (1937), “The General Theory of Employment”, The Quarterly Journal of Economics, 51: 209-223.
Piketty, Thomas (2014), O Capital no Século XXI, Lisboa: Temas e Debates
Reis, José (2018), A Economia Portuguesa: Formas de economia política numa periferia persistente (1960-2017), Coimbra: Almedina.
Rodrigues, João (2022), O neoliberalismo não é um slogan – Uma história de ideias poderosas, Lisboa: Tinta da China.
Bresser-Pereira, Luís Carlos (2018), “Nacionalismo econômico e desenvolvimentismo”, Economia e Sociedade, 27(3): 853-874.
Carstensen, Martin B. and Vivien A. Schmidt (2024), “Ideational robustness of economic ideas inaction: the case of European Union economic governance through a decade of crisis”, Policy and Society, 43(2): 173–188.
Rodrik, Dani (2013), “Who Needs the Nation-State?”, Economic Geography, 89(1): 1-19.
Samuels, Warren (1989), “Some Fundamentals of the Economic Role of Government”, Journal of Economic Issues, 427-433.
Seminário de Investigação e Leitura Acompanhada
A unidade curricular apresenta os seguintes objetivos de aprendizagem:
1.Desenvolver conhecimentos e competências para a elaboração de uma tese na área de Economia Política;
2.Desenvolver a capacidade de debater os quadros teóricos e as opções metodológicas envolvidos na Tese de Doutoramento;
3.Desenvolver a capacidade de refletir criticamente acerca do processo de investigação;
4.Desenvolver a capacidade de apresentação oral e argumentativa do trabalho de investigação.
A natureza da UC não permite definir um programa com matérias concretas dado que assenta no trabalho desenvolvido a nível individual pelos doutorandos. Todavia, prevê-se a apresentação/discussão dos seguintes tópicos, quer nas sessões tutoriais, quer nas sessões coletivas:
1. Sessões de discussão dos artigos teóricos de referência no domínio da tese.
2. Sessões de discussão de métodos de pesquisa que estejam a ser utilizados pelos doutorandos.
3. Sessões de apresentação do trabalho entretanto desenvolvido pelos doutorandos.
Dada a natureza da UC, o processo de avaliação assume um carácter mais formal do que substancial. É composto por uma única componente:
- Apresentação em aula por cada estudante do trabalho teórico entretanto realizado e das opções metodológicas realizadas (100%).
A avaliação desta UC não contempla a realização de exame escrito final.
4. Swales, John, Feak, Christine B. (2004) Academic Writing for Graduate Students: Essential Tasks and Skills, Michigan, University of Michigan Press.
3. Creswell, John W. (2014) Research Design: Qualitative, Quantitative and Mixed Methods Approaches, Fourth Edition, Los Angeles, SAGE Publications.
2. Bryman, Alan (2012) Social Research Methods, Londres, Oxford University Press.
1. Booth, Wayne C., Colomb, Gregory G., Williams, Joseph M., Bizup, Joseph (2016) The Craft of Research, Fourth Edition, Chicago e Londres, University of Chicago Press.
N.a
Projeto de Investigação e Escrita Académica
1.Desenvolver conhecimentos e competências para a elaboração de um projeto de tese na área de Economia Política;
2.Desenvolver a capacidade de debater os fundamentos epistemológicos e conceptuais e as opções metodológicas contempladas na proposta de Tese de Doutoramento;
3.Desenvolver a capacidade de refletir criticamente acerca do processo de investigação;
4.Desenvolver a capacidade de apresentação oral e argumentativa do trabalho de investigação;
5.Desenvolver competências de escrita científica;
6.Desenvolver responsabilidade social e ética do estudante enquanto cientista social.
1. A natureza e o processo de investigação em ciências sociais
1.1. Formulação de questões e procura de respostas
1.2. Estado da arte e contributo original
1.3. A ética da investigação e do cientista social
2. O projeto de tese
2.1. Contextualização e formulação do problema
2.2. Enquadramento teórico e conceptualização
2.3. Estratégia metodológica
2.4. Plano de investigação e cronograma
3. A escrita académica
3.1. Estilos e tipo de publicações
3.2. O artigo científico
3.3. O processo de publicação em revistas científicas
4. Comunicações em encontros científicos
A avaliação é composta pela participação(10%); 1ª versão do projeto de tese(20%); versão final do projeto de tese(50%); proposta de um artigo científico (20%).
A avaliação da versão final do projeto de tese será realizada por um Júri composto por um membro da UC, que assumirá o papel de Presidente desse júri, pelo tutor/orientador do estudante e um arguente, podendo estes ser externos à UC. A nota será proposta pelo tutor/orientador e pelo arguente, cabendo ao Presidente do Júri a decisão final.
6. Feak C. & Swales J. (2009) Telling a Research Story: Writing a Literature Review. Ann Arbor, Michigan, University of Michigan Press
5. Swales, John, Feak, Christine B. (2004) Academic Writing for Graduate Students: Essential Tasks and Skills, Michigan, University of Michigan Press.
4. Hancké, Bob (2009) Intelligent Research Design: A Guide for Beginning Researchers in the Social Sciences, Nova Iorque, Oxford University Press.
3. Dunleavy, Patrick (2003) Authoring a PhD: How to Plan, Draft, Write and Finish a Doctoral Thesis or Dissertation, Nova Iorque, Palgrave Macmillan.
2. Creswell, John W. (2014) Research Design: Qualitative, Quantitative and Mixed Methods Approaches, 4ª Edição, Los Angeles, SAGE Publications.
1. Booth, Wayne C., Colomb, Gregory G., Williams, Joseph M., Bizup, Joseph (2016) The Craft of Research, 4ª Edição, Chicago e Londres, University of Chicago Press.
-
Seminário de Investigação Transdisciplinar
1.Familiarizar os doutorandos com questões e desafios societais da atualidade nos contextos internacional, europeu e português (designadamente, nos domínios do ambiente e da sustentabilidade, da financeirização, do trabalho, das desigualdades e inclusão sociais, da era digital, da regulação e governação,...) à luz de programas de investigação existentes e de projetos de investigação recentes ou em curso em cada um dos Centros de Investigação parceiros deste programa doutoral.
2.Pôr, especificamente, em evidência a relevância da transdisciplinaridade para uma melhor compreensão das questões e desafios mencionados em 1.
3.Familiarizar os doutorandos com métodos e práticas da investigação transdisciplinar à luz dos casos de estudo mencionados em 1.
4.Dar a oportunidade aos doutorandos de debater pesquisa transdisciplinar com os investigadores.
1. Em que consiste a investigação científica transdisciplinar?
1.1. Multidisciplinaridade, transdisciplinaridade, interdisciplinaridade.
1.2. Oportunidades e desafios da investigação trans- e interdisciplinar.
2. Desafios da investigação em Ciências Sociais e Humanas numa sociedade em mudança.
2.1. Temas e tópicos de investigação em que a Economia Política dialoga com outras CSH (v.g. sociologia, história, filosofia, antropologia, direito, ciência política).
2.2. Programas, projetos e atividades de investigação, e outras iniciativas científicas transdisciplinares.
Avaliação ao longo do semestre:
1. Intervenção regular e participada nas sessões de seminário, que decorrerão ao longo do semestre,
com questões que os estudantes tenham preparado a partir de leituras feitas (20%);
2. Ensaio escrito contendo uma apresentação sumária e um comentário a respeito de dois dos
projetos/atividades de investigação apresentados nas sessões do Seminário (escolhidos livremente pelo
doutorando), evidenciando o contributo específico da transdisciplinaridade para o desenvolvimento
do projeto e os seus resultados (80%).
O ensaio deverá ter entre 4000 e 6000 palavras, incluindo eventuais notas de rodapé e excluindo
bibliografia.
Bibliografia introdutória:
Bernstein, J. H. (2015), Review: Transdisciplinarity: A Review of Its Origins, Development, and Current Issues, Journal of Research Practice, 11 (1); Brandão, T., Gonçalves, M. E., e Reis, J, (2023), A economia política do mundo contemporâneo: revisitando um campo multidisciplinar, Análise Social, LVII, 3, 248, 460-472; Carmo, R. M. (2021), Social inequalities: theories, concepts and problematics, SN Social Sciences, 1:116; Klein, J. T. (2014). Discourses of Transdisciplinarity: Looking back to the future. Futures, 65, pp. 10-16; Stock, P., R. J.F. Burton (2011), Defining Terms for Integrated (Multi-Inter-Trans-Disciplinary) Sustainability Research Sustainability, 3, 1090-1113; Osborne, P. (2015) Problematizing disciplinarity, transdisciplinary problematics. Theory, culture & society, 32(5-6), pp. 3-35.
Bibliografia de apoio sobre a temática da transdisciplinaridade:
A bibliografia de apoio a esta UC será fundamentalmente a que vier a ser indicada pelos Investigadores Responsáveis pela apresentação dos projetos e atividades científicas dos Centros de Investigação.
Seminário de Investigação
A UC tem os seguintes objetivos de aprendizagem:
1.Desenvolver a capacidade de refletir criticamente acerca do processo de investigação;
2.Promover capacidades argumentativas e de julgamento autónomo;
3.Desenvolver capacidades de comunicação adequadas do processo e dos resultados, de forma oral e escrita.
4.Contribuir para a internacionalização do programa doutoral através da realização de sessões com conferencistas internacionais e para um enfoque em torno de temáticas com relevância atual.
A natureza da UC não permite definir um programa com conteúdos específicos. Em cada ano, esta UC permitirá aos estudantes apresentarem os seus projetos de investigação de doutoramento em curso.
Ao longo do ano, os estudantes apresentam os avanços realizados no âmbito dos seus projetos de investigação de doutoramento em modo de seminário. A apreciação e discussão do trabalho ficará a cargo de outro estudante, sendo a discussão aberta a todos os estudantes, aos professores do doutoramento e a outros investigadores convidados. A organização dos seminários é da responsabilidade dos estudantes do doutoramento.
Quanto às sessões com conferencistas convidados, estas serão organizadas pela equipa docente da UC.
A avaliação inclui:
frequência, organização e participação (20%);
apresentação em aula de seminário do processo de investigação de doutoramento em curso (40%); e
discussão do trabalho apresentado por outro colega (30%)
comentário crítico sobre a comunicação realizada pelos conferencistas internacionais (10%)
A avaliação desta UC não contempla a realização de exame escrito final.
Dada a natureza desta UC não há bibliografia comum / Given the nature of this UC there is no common bibliography
Dada a natureza desta UC não há bibliografia comum / Given the nature of this UC there is no common bibliography
Optativas recomendadas
O funcionamento das unidades curriculares optativas está sujeito a um n.º mínimo de inscrições.
1.º semestre
00961 | Metodologias em Políticas Públicas: o Método Comparativo (ESPP | PP)
03377 | Sociologia Económica (Di) (ESPP | Soc)
03378 | Teorias da Modernidade e Desenvolvimento (ECSH | EconP)
03379 | Políticas de Desenvolvimento e Política (ECSH | EconP)
03380 | Fatores de Desenvolvimento Económico (ESPP | His)
03381 | Econometria Aplicada às Políticas Públicas (IBS | Ecot)
03384 | Política Industrial, de Inovação e de Investigação (ECSH | EconP)
03385 | Cidade e Cidadania: Visões Contemporâneas (ESPP | Soc)
03386 | Urbanismo, Territorialidade e Espaço Público (ESPP | Soc)
03387 | Geopolítica da Paz e dos Conflitos (ESPP | RI)
Economia Política Monetária e Financeira (UC)