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Institucional • 03 jun 2025
Edifício Iscte – Conhecimento e Inovação ganha Prémio Valmor


Expresso Imobiliário 14, Edifício 4 IscteExpresso Imobiliário 14, Edifício 4 Iscte


O edifício Iscte – Conhecimento e Inovação na Avenida das Forças Armadas, n.º 40, em Lisboa – um projeto de arquitetura desenvolvido por uma equipa coordenada por Bernardo Pizarro Miranda, arquiteto e professor do Iscte – é vencedor do Prémio Valmor 2023. A Câmara Municipal de Lisboa entrega o prémio esta terça-feira, 3 de junho, pelas 18h00 no auditório do MUDE – Museu do Design.


Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura premeia a qualidade arquitetónica dos novos edifícios construídos na cidade de Lisboa, sendo atribuído desde 1902: este prémio “distingue, em igualdade, o autor do projeto e o promotor da obra”. O projeto distinguido nesta edição foi concebido e coordenado por Bernardo Pizarro Miranda, em coautoria com Susana Rego e Pedro Pinto, tendo contado com a colaboração de jovens arquitetos formados no Iscte: Filipe Prudêncio, Francisco Freitas, Ruben Ferreira, Ana Catarina Santos, Madalena Dias, Carlos Vieira, Ana Lopes, Carolina See, Carlos Félix e João Antunes. Criando uma oportunidade de estágio para alunos finalistas do curso de Arquitetura do Iscte.

A construção cumpriu todos os requisitos de sustentabilidade, estética e inovação da New European Bauhaus, sendo um dos edifícios europeus listados pelo programa “European Bauhaus Transformation of Places of Learning”. O projeto centrou-se na reconstrução do antigo edifício do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, que o Iscte adquiriu ao Estado em 2011.

“São três os princípios nucleares do projeto”, afirma Bernardo Pizarro Miranda. “O primeiro parte da decisão da reitora, Maria de Lurdes Rodrigues, de reunir no primeiro edifício do complexo Iscte com fachada virada para a rua todas as atividades de investigação, incluindo os doutoramentos”. O segundo diz respeito ao “aproveitamento da implantação original, recuada relativamente à Avenida das Forças Armadas, viabilizando a criação de um jardim de uso público, aberto e integrado no tecido dinâmico da vida na cidade”. O terceiro, afirma o arquiteto, “implicou o aproveitamento e a reutilização de parte da estrutura dos edifícios existentes, reduzindo de forma expressiva a pegada carbónica da nova construção”. 


Universidade sem muros

O Iscte – Conhecimento e Inovação (Edifício 4) é desde novembro de 2023 o edifício que instala todas as suas unidades de investigação e produção de conhecimento, envolvendo mais de mil investigadores. 

“Os projetos de investigação científica que estão a ser desenvolvidos há dois anos mostram o potencial de interface que o ‘Iscte – Conhecimento e Inovação’ possui para cruzar as áreas das engenharias, tecnologias e arquitetura com as ciências sociais e comportamentais, a economia e a gestão”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do Iscte. “Este centro é a concretização em Lisboa dos conceitos académicos, arquitetónicos e urbanísticos da ‘Universidade sem muros’, os quais promovem a interação da academia com o tecido social e económico envolvente”.

Segundo a reitora, “com este edifício o Iscte abriu-se à cidade e criou-lhe um novo espaço de circulação que cruza duas universidades – o Iscte e a de Lisboa”. O valor total do investimento foram 19,5 milhões de euros, cofinanciados em 7,7 milhões de euros pelo Programa Operacional Regional de Lisboa 2014-2020. O edifício acolhe hoje oito unidades de investigação, agregando três laboratórios associados, três laboratórios colaborativos, um Polo de Inovação Digital, um Centro de Valorização e Transferência de Tecnologias, oito observatórios e nove laboratórios. Com mais de 9.000 metros quadrados de área reabilitada, o edifício dispõe de espaços modulares e multifuncionais que respondem às necessidades da investigação e da transformação digital, como áreas de trabalho colaborativo, auditórios, centro de dados, laboratórios e salas de convívio.

“O Iscte - Conhecimento e Inovação tem como objetivo fortalecer a interação da academia com diferentes partes interessadas, incluindo empresas, serviços públicos e a comunidade em geral”, afirma Jorge Costa, o vice-reitor do Iscte responsável pelo funcionamento do novo centro de investigação científica. “Com o modelo de produção de conhecimento que estamos a implementar, promovemos a inovação, a investigação interdisciplinar e a colaboração entre a comunidade científica e a sociedade”. A principal motivação, segundo Jorge Costa, “é oferecer soluções inovadoras para desafios contemporâneos”.

Fachada CVTT

Esta não é a primeira vez que o Iscte é distinguido pelo Prémio Valmor. Em 1993 recebeu uma menção honrosa, atribuída ao edifício do INDEG – Instituto para o Desenvolvimento e Gestão Empresarial, da autoria do arquiteto Raul Hestnes Ferreira. Em 2002, Raul Hestnes Ferreira ganha pela primeira vez um Prémio Valmor para o Iscte: o Edifício II que vence “ex aequo” com o edifício da Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, em Campolide.

Bernardo Pizarro Miranda foi discípulo de Raul Hestnes Ferreira e trabalhava no seu atelier quando este ganhou o Prémio Valmor em 2002.

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