Teses e dissertações

Mestrado
Erasmus Mundus em Psicologia da Mobilidade Global, Inclusão e Diversidade na Sociedade
Título

The harmful effects of perceiving racial microaggressions: a study with black Brazilians in Brazil

Autor
Regis, Laís Sant'Ana Vitoria
Resumo
pt
Nas últimas décadas, ações discriminatórias explícitas têm sido moralmente rejeitadas pela sociedade devido a leis contra o racismo. Todavia, expressões racistas mais sutis, como por exemplo microagressões, tem sido percebidas pelos população-alvo. A percepção de microagressões continua sendo prejudicial para o bem-estar psicológico das pessoas, mas apesar das evidências, pouco se sabe sobre mecanismos de proteção relacionados a isto. Este estudo visa compreender os efeitos da microagressão racial para o bem-estar subjetivo, perpassando processos psicológicos que possam proteger membros de minorias sociais destes efeitos. Participantes adultos, "Pretos(as)" e "Pardos(as)" no Brasil foram aleatoriamente direcionados para um grupo de intervenção ou de controle e responderam a questionários pré e pós-intervenção que incluiu medidas de bem estar e identidade social. Devido à baixa adesão ao T2, os efeitos da intervenção não puderam ser verificados. Os resultados do T1 confirmaram o efeito deletério das variáveis independentes para o bem-estar psicológico. Aplicação parcial do modelo de rejeição-identificação considerando microagressões foi verificada, mostrando um efeito indireto significativo de identificação com o grupo no link entre percepção da prevalência de discriminação racial sutil e afeto negativo, e entre percepção da frequência de microagressões raciais e afeto negativo. Este estudo contribuiu com pesquisas anteriores sobre microagressões raciais no Brasil e revelou que identificação com o grupo é um aspecto importante de empoderamento e comprometimento, mas não suficiente para garantir resultados melhores em relação a bem-estar. Foi discutido que uma abordagem coletiva da identificação de grupo, como consciência de grupo, pode assegurar melhoria para o bem estar subjetivo.
en
Over the past decades blatant discrimination has become more likely to be morally rejected by society due to anti-prejudice norms, but more subtle expressions of prejudice are perceived by the targets, such as microaggression. The perception of microaggressions are still harmful to individual’s subjective wellbeing, but despite the evidences, little is known about related protective factors. This study examined the effects of racial microaggression on subjective wellbeing and tested the rejection-identification model to uncover psychological protective processes that may help social minority members. Black Brazilian in Brazil were randomly assigned to either an intervention or control group, responding to pre-and post-intervention questionnaires including wellbeing and social identity measures. Due to low sample at Time 2, the effects of the intervention could not be tested. Time 1 data's results confirmed the detrimental effect of the independent variables for the psychological wellbeing of Black Brazilians. The rejection-identification model was partially confirmed by showing a significant indirect effect of group identification in the link between perceived prevalence of subtle racial discrimination, perceived frequency of racial microaggression and negative affect. Contrary to the model, group identification did not improve wellbeing outcomes. This study contributes to previous research about racial microaggressions in Brazil by showing that group identification is an important aspect of individual’s empowerment and commitment to their ingroup, however, it is not enough to ensure better wellbeing outcomes. It is discussed whether a collective approach to group identity (i.e. group consciousness) may have a greater effect for subjective wellbeing outcomes in this context.

Data

14-out-2021

Palavras-chave

Identidade
Subjective wellbeing
Saúde mental
Group identification
Racismo
Racial microaggression
Microagressão racial

Acesso

Acesso livre

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